Sequelas de longo prazo da coinfecção por tuberculose e COVID-19 : avaliação de coorte prospectiva após 1 ano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, Ana Paula Ceré dos
Orientador(a): Silva, Denise Rossato
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/276664
Resumo: Introdução e Objetivos: A coinfecção por tuberculose (TB) e doença por coronavírus 2019 (COVID-19) pode estar associada a quadros clínicos mais graves do que cada doença isoladamente, levando a maior morbimortalidade na fase aguda. As sequelas a longo prazo desta coinfecção são amplamente desconhecidas, nesse cenário novo, de uma doença que veio de forma devastadora, uma pandemia que matou milhões de pessoas. Os objetivos deste estudo foram avaliar testes de função pulmonar (TFP) e qualidade de vida (QV) em pacientes com COVID-19 e TB, 6 a 12 meses após COVID-19, e avaliar fatores associados à mortalidade. Materiais e Métodos: Estudo de coorte prospectivo. Pacientes ≥ 18 anos internados com diagnóstico concomitante de COVID-19 e TB ativa ou sequelas de TB foram incluídos no estudo e avaliados 6 a 12 meses após COVID-19, com TFP. Além disso, QV, sintomas persistentes e fatores associados à mortalidade foram avaliados. Resultados: Incluímos 106 pacientes com COVID-19 e TB ativa (n=24) ou sequelas de TB (n=82). O comprometimento ventilatório pós-COVID-19 mais comum foi restritivo (56,5%). Cinquenta por cento dos pacientes apresentaram QV prejudicada nas atividades habituais e nas dimensões ansiedade/depressão. Todos os pacientes relataram pelo menos um sintoma persistente pós-COVID-19. Quarenta (37,7%) pacientes morreram de COVID-19. Pacientes mais velhos, necessitaram de oxigênio suplementar e ventilação invasiva, e aqueles que apresentaram menor capacidade pulmonar total (CPT) (%) e DLCO (%) tiveram maior mortalidade. Conclusões: Este é o primeiro estudo a descrever a combinação de PTLD e sequelas pós-COVID-19. Novos estudos devem avaliar estratégias abrangentes de avaliação/acompanhamento e determinar a necessidade de reabilitação pulmonar para melhorar a saúde pulmonar de pacientes com sobreposição dessas duas doenças.