Corporeidade discursiva : os modos de dizer do sujeito no entremeio das línguas materna e estrangeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Aiub, Giovani Forgiarini
Orientador(a): Indursky, Freda
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/182814
Resumo: Com base nos pressupostos teóricos da Análise do Discurso pecheuxtiana, esta tese busca a construção da noção de corporeidade discursiva ao analisar os modos de dizer do sujeito no entremeio das línguas materna e estrangeira. Nesta pesquisa, entende-se a língua pelo viés de sua materialidade, isto é, pressupõe-se sua organização para se tomar a ordem da língua na sua relação com a história. Ao mesmo tempo, há o pressuposto de que o sujeito é constituído pela língua(gem) e interpelado ideologicamente. Portanto, trata-se de um sujeito com um duplo processo simultâneo de identificação, sendo um da ordem do ideológico e outro pelo viés da inscrição do sujeito em uma materialidade linguística. Nesta perspectiva, esta pesquisa apresenta como o sujeito em processo de identificação com uma língua estrangeira transforma os modos de dizer, fazendo com que haja movimentação nas redes de significação estabelecidas pela língua primeira. Tal processo possibilita ainda identificar uma alternância na postura subjetiva, ou seja, um movimento de estranhamento do sujeito diante de aspectos socioculturais e históricos presentes na língua outra. Para fins de análise, são tomadas sequências discursivas de narrativas de sujeitos em processo de identificação com mais de uma língua (materna e estrangeira). Os resultados apontam para a presença de aspectos socioculturais e históricos nos modos de dizer das línguas, além de mostrar como se dá uma reconfiguração subjetiva pelo processo de inscrição do sujeito em outra materialidade linguística. Com isso, é possível afirmar que há uma corporeidade discursiva da língua porque cada língua se apresenta ao sujeito com modos de dizer próprios, constituídos a partir de determinadas condições de produção. Por conseguinte, ao se inscrever em uma língua para dizer, o sujeito imprime a sua singularidade, fazendo com que haja uma corporeidade discursiva do/no sujeito.