Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Canozzi, Maria Eugênia Andrighetto |
Orientador(a): |
Barcellos, Julio Otavio Jardim |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/134668
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Resumo: |
Castração, descorna e amochamento são práticas de manejo dolorosas, mas realizadas em bovinos de corte. Resultados experimentais sugerem que a dor pode ser reduzida. Contudo, as evidências são contraditórias. Objetivou-se avaliar o efeito desses três procedimentos em indicadores de bem-estar em bovinos de corte com o uso da revisão sistemática e meta-análise (MA). A pesquisa foi realizada em cinco bases de dados eletrônicas e em anais de congressos, além do contato eletrônico com pesquisadores da área. O principal critério de inclusão foram estudos completos ou não randomizados em bovinos de corte com até um ano de idade, submetidos ou a castração ou a descorna ou ao amochamento, que avaliassem concentração de cortisol e/ou ganho médio diário de peso (GMD) e/ou vocalização. Foi realizada MA para efeitos randomizados para cada procedimento e indicador separadamente com as médias dos grupos controle e tratado. Não foram obtidos dados para a realização da MA sobre amochamento. Um total de 23 estudos, representando 156 ensaios e 1.617 animais foram incluídos na MA para castração; na MA para descorna foram setes estudos, 169 ensaios e 287 animais. Observou-se heterogeneidade entre os estudos para os três indicadores avaliados. Independente do grupo controle, não houve efeito significativo no nível de cortisol em animais castrados sem uso de anestésico ou analgésico. O GMD foi superior para animais castrados de forma cirúrgica (P=0.010; MD=0.231 g/dia) e não cirúrgica (P=0.002; MD=0.883 g/dia) em relação aos não castrados. Nos animais não descornados, a concentração de cortisol foi inferior em 0.767 e 0.680 nmol/L, 30 (P=0.000) e 120 min (P=0.023) pós-intervenção, respectivamente, em relação aos descornados por amputação. A anestesia local reduziu os níveis de cortisol 30 min após a descorna mecânica. Animais não descornados tenderam a vocalizar menos (P=0.081; MD=-0.929) que os descornados. Foi observado viés de publicação (cortisol na castração e GMD na descorna), indicando que estudos com amostras pequenas e não significativos são menos propensos a serem publicados que estudos similares e significativos. Ficou evidente a necessidade de pesquisas sobre estratégias para minimizar o estresse e a dor experimentada pelos bovinos durante e após a castração e a descorna, além da busca por indicadores comportamentais e fisiológicos menos invasivos. |