Avaliação do efeito hipotensor da sinvastatina em hipertensos : ensaio clínico randomizado placebo controlado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Correa Junior, Vicente
Orientador(a): Gus, Miguel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/40091
Resumo: Introdução: Parte dos efeitos benéficos das estatinas sobre a prevenção de eventos cardiovasculares podem ser atribuídos a efeitos pleiotrópicos, entre eles, a redução da pressão arterial (PA). Objetivo: Avaliar o efeito da administração de sinvastatina sobre a pressão arterial aferida por monitorização ambulatorial de pressão arterial (MAPA-24h). Métodos: Em um ensaio clínico duplo-cego em paralelo, 79 pacientes hipertensos sem indicação formal para o uso de estatinas foram randomizados para receber 40mg de sinvastatina (n=40) ou placebo (n=39) durante o período da manhã. Dados clínicos, laboratoriais e de MAPA-24h foram coletados no início e após oito semanas de seguimento. A amostra constituiu-se preponderantemente de mulheres brancas com sobrepeso e 80% usava dois ou mais anti-hipertensivos. Resultados: Constatou-se uma redução da pressão arterial no grupo sinvastatina. Houve uma diferença significativa no delta de variação da pressão diastólica (PAD) de 24h após ajuste para pressões basais (2,8 mmHg; IC95%: 0,4-5,1, P=0,02). Os valores correspondentes para a pressão arterial sistólica (PAS) e PAD diurno foram: 4,2 mmHg; (IC95%: 0,1-8,4, P=0,04) e 3,1mmHg (IC95%: 0,4-5,9, P=0,02). Conclusão: A administração de 40mg de sinvastatina durante o período da manhã resulta em redução significativa da PAS e PAD durante o dia cuja magnitude pode ter repercussão clínica. Considera-se que, parte dos benefícios das estatinas na prevenção primária ou secundária de eventos cardiovasculares, demonstrados em importantes ensaios clínicos, podem estar relacionados ao seu efeito na redução da pressão arterial.