Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Negri, Renata |
Orientador(a): |
Cobuci, Jaime Araújo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/233216
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Resumo: |
Em todo o mundo, principalmente em regiões de clima tropical, o estresse térmico causa grandes perdas econômicas e tem importantes implicações no bem-estar animal. Para mitigar os efeitos do estresse térmico, modificações estruturais do ambiente têm sido adotadas com frequência. No entanto, estas mudanças não são herdáveis e requer alto potencial de investimento. Nesse contexto, para superar os desafios provocados pelo estresse térmico, a seleção genética para melhorar a termotolerância é a estratégia de mitigação mais viável. Assim, os principais objetivos deste estudo foram identificar o limite crítico do estresse térmico para características de produção e saúde em bovinos da raça Holandesa, investigar abordagens para ajustar dados fenotípicos para indicadores de estresse térmico, além de quantificar o impacto na reclassificação de touros e na confiabilidade das predições, utilizando dados bioclimatológicos como o índice de temperatura e umidade (THI) e a amplitude térmica (DTV) via modelos de regressão aleatória. O limiar do conforto térmico identificado foi de THI = 74 e DTV = 13 para produção de leite no dia do controle (TDMY), THI = 70 e DTV = 9 para escore de células somáticas (SCS) e THI = 74 e DTV = 16 para rendimento de gordura (FAT) e proteína (PROT). As médias das variáveis bioclimatológicas de dois dias anteriores ao controle leiteiro são indicadas para correção dos dados. Houve significativa reclassificação dos touros e aumento na confiabilidade das predições dos valores genéticos quando THI e DTV forma considerados nos modelos. Ao incluir de forma pioneira o nível de estresse térmico na modelagem da regressão fixa do modelo, observaram-se melhorias ainda mais expressivas no processo de avaliação genética. Contudo, há variabilidade genética suficiente para realizar seleção concomitante para aumento da eficiência produtiva e termotolerância nos animais. Adicionalmente, foi possível inferir que o SCS pode ser considerado um indicador precoce de estresse térmico nos animais. Em síntese, conclui-se que não corrigir os dados fenotípicos para os indicadores de estresse térmico no processo a avaliação genética resulta em predições viesadas, em que os animais apontados como detentores dos melhores méritos genéticos não são verdadeiramente os melhores. Sendo assim, recomendamos adoção do THI e DTV nos procedimentos de seleção animal, não somente visando melhorias futuras nos aspectos produtivos/saúde, mas como forma de melhorar o bem-estar animal frente a mudanças climáticas. |