Permanência, identidade e rearquitetura social : outro olhar para a preservação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Kiefer, Marcelo
Orientador(a): Fuao, Fernando Delfino de Freitas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/85196
Resumo: Esta tese funde a princípios de preservação revisados a ideia de transformação social que possa se dar de forma legítima e sólida, tanto para moradores de habitações sociais ou em situação de rua como para toda a sociedade. É lançado outro olhar sobre a teoria e a prática do exercício intencional sobre as permanências e transformações; não aquele das cartas de conservação do patrimônio histórico – sob a égide do desenvolvimento patriarcal e do domínio mercantil –, mas um que se amplia até a área da rearquitetura social, o fazer arquitetura sobre a arquitetura social preexistente; nesse caso, contribuindo para as transformações de uma realidade homogeneizante, de segregação e subjugo. Um olhar que vê a preservação como algo natural, não imposto, característica de uma sociedade multicultural, com equilíbrio e justiça entre os homens e entre o sujeito e a coletividade, que parte do princípio de que a necessidade de pertencer e se individualizar é inerente a todos os sujeitos e que o preservar deve ajudar a manter a participação de todos no caráter da sociedade, representando as diversas identidades e suas expressões. Destaca-se, nesse processo, que a identidade da repetição e da diferença é aspecto fundamental para o preservar, e que essa ação se estabelece na interdependência da permanência com a transformação, dentro de uma lógica complexa e diversa de uma estrutura caleidoscópica multidirecional de relações humanas. Para essa construção são revisados e analisados conceitos como o de patrimônio, patrimônio histórico, monumento e monumento histórico, e trabalhado o mal do arquivo, da acumulação e do progresso, estabelecendo-se ainda uma aproximação às concepções da Nova Museologia. Essa obra, além do desenvolvimento teórico, se constrói na observação e reflexão de ambientes e eventos concretos, cotidianos, ilustrados por exemplos estudados e experienciados. Alguns desses exemplos já representam a contestação de um modelo que não atende as demandas sociais contemporâneas.