Ecce animot : um percurso analítico pós-humanista através de Elizabeth Costello e Desonra, de J. M. Coetzee

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rocha, Lucas Kirschke da
Orientador(a): Schmidt, Rita Terezinha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/172900
Resumo: Esta dissertação trata dos Estudos Animais, área que se desenvolve como um rico campo de interdisciplinaridade já em sua origem. Mas para que não se julgue aprioristicamente um campo em suas particularidades, há que se esclarecer pontos em comum aos teóricos das mais diversas origens acadêmicas que compõem os Estudos animais e traçar planos para um futuro significativo. Após estabelecer os necessários diálogos entre teoria e campo social, passo à análise de certos pontos das obras Desonra e Elizabeth Costello, com o objetivo de evidenciar o potencial deste corpus para o desenvolvimento da crítica das categorias de humanidade e animalidade segundo os aportes do Pós-humanismo e inserindo-a no campo dos Estudos Animais. O teórico fundamental para este trabalho é Jacques Derrida, principalmente em sua obra O animal que logo sou. Após apresentar um panorama dos Estudos Animais, sobretudo sob a abordagem de Paul Waldau, trago ao encontro desses autores a pós-humanista Rosi Braidotti, de cuja obra The Post-human retiro as categorias do devir-planetário e devir-animal, as quais dão consequência às análises do corpus literário deste trabalho. Dialogo, ainda, com a Mitleidsethik, a ética da compaixão de Schopenhauer. Concluo que as tarefas dos Estudos Animais e do Pós-humanismo se assemelham no que toca à maior compreensão das interações interespecíficas, para a proposição consequente de novas formas de conviver num mundo mais-que-humano.