Quantificação de microRNA no encéfalo de ratos do modelo animal de autismo induzido por exposição pré-natal ao ácido valproico e análise in silico de seus alvos biológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rabelo, Bruna Frizzo
Orientador(a): Gottfried, Carmem Juracy Silveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Wnt
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/222254
Resumo: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma desordem do neurodesenvolvimento com prevalência atual estimada em 1:59 crianças de até 8 anos de idade nos Estados Unidos. Segundo o DSM-5, o TEA é caracterizado por uma díade comportamental, composta por prejuízos de comunicação e interação social, além da presença de comportamentos repetitivos ou estereotipados. A etiologia do TEA permanece pouco elucidada; porém, sabe-se que a exposição pré-natal a alguns fatores ambientais de risco durante a gestação, como o ácido valproico (VPA), podem contribuir para o desencadeamento desse transtorno. O modelo animal de autismo induzido pela exposição pré-natal ao VPA vem sendo usado para avaliar características comportamentais e moleculares comuns em pacientes com TEA. Além das avaliações comportamentais, existem evidências de que alterações nos níveis de microRNA específicos possam estar relacionados a distúrbios do neurodesenvolvimento. Sendo assim, a avaliação dessas moléculas no modelo VPA podem ajudar a entender a fisiopatologia da TEA. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar um conjunto de microRNA (miRNA) em cinco diferentes regiões encefálicas (córtex pré-frontal medial, área somatossensorial, região da amígdala, hipocampo e cerebelo) no modelo animal de autismo induzido pela exposição pré-natal ao VPA. Além disso, foi feita uma busca por genes alvos dos miRNA alterados visando estabelecer possíveis associações com a fisiopatologia do TEA. Ratas Wistar prenhes receberam no dia E12,5 uma dose intraperitoneal (i.p.) de VPA (600 mg/kg) ou solução salina (0,9%). No dia pósnatal 42 (P42) os animais foram eutanasiados por sobredose anestésica de cetamina (300 mg/kg) e xilazina (40mg/kg). Após a decapitação, as estruturas encefálicas foram isoladas e homogeneizadas em reagente Trizol® para posterior extração de RNA total e quantificação de miRNA por RT-qPCR. Os alvos encontrados para estes miRNA alterados estão envolvidos com as vias de sinalização da mTOR e de Wnt, ambas previamente relacionadas com o TEA. Como conclusão, o presente trabalho amplia a compreensão da fisiopatologia do TEA e denota importantes moléculas-alvo com potencial para a busca de novas estratégias farmacológicas.