Estudos sobre funcionalização de superfície de nanopartículas por complexação organometálica para entrega de fármacos por via pulmonar e via oral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: De Marchi, João Guilherme Barreto
Orientador(a): Guterres, Silvia Stanisçuaski
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/274040
Resumo: Os nanocarreadores funcionalizados são capazes de melhorar características farmacocinéticas, como biodisponibilidade, redução de dose, absorção ativa, aumento da eficácia e redução dos efeitos colaterais. Diferentemente da maioria das funcionalizações nanopartículas da literatura, que utilizam ligações covalentes, nesse estudo foi feita a funcionalização de nanopartículas revestidas com quitosana, através da interação organometálica. Foram utilizados dois sistemas nanométricos diferentes, um de administração por via pulmonar de pó redispersível para o tratamento de câncer de pulmão e outro para aumentar a proteção e absorção da insulina por via oral. No primeiro, a complexação foi realizada através da adição de ferro em suspensão de nanocápsulas de triclosan e α-bisabolol, que possuem atividade antitumoral, e o ligante foi o ácido ascórbico, que quando oxidado é reconhecido pela GLUT1, receptor da glicose superexpressado por células tumorais. A funcionalização, comprovada por medidas de potenciometria, potencial zeta e analises de infravermelho (FTIR), provou não causar instabilidades no sistema, o pó de microaglomerados de nanocápsulas funcionalizadas ou não, mostrou ser redispersível e atingiu as regiões mais profundas do pulmão em concentrações de triclosan citotóxicas efetivas para o tratamento de células tumorais in vitro, mesmo sem atingir a dose tóxica pulmonar reportada na literatura. No segundo sistema desenvolvido, a complexação organometálica foi promovida através da adição de zinco em suspensão de nanopartículas de alginato/dextrana complexadas com quitosana carreando insulina, como ligante foi utilizado imunoglobulina G, que tem o seu fragmento cristalizável (Fc) reconhecido pelo receptor neonatal de Fc. Após a funcionalização as nanopartículas demonstraram uma redução de sua polidispersividade, tamanho e aumento da estabilidade. A funcionalização foi comprovada pela técnica de FTIR e calorimetria diferencial exploratória, e as nanopartículas funcionalizadas mostraram potencial para aplicação por via oral. Através dos resultados obtidos foi possível verificar que a funcionalização em ambos os casos foi efetiva e não provocou instabilidades no sistema, tendo até mesmo melhorado a estabilidade e o perfil granulométrico das nanopartículas de alginato.