Evolução metamórfico-deformacional da porção sudeste do Complexo Metamórfico Passo Feio e interpretação do lineamento de Caçapava, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Costa, Elisa Oliveira da
Orientador(a): Bitencourt, Maria de Fatima Aparecida Saraiva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/222087
Resumo: O objeto de estudo desta dissertaçãotrata-se da porçãosudeste do Complexo MetamórficoPasso Feio(CMPF), onde esteéinterseccionado pelo Lineamento de Caçapava (LC), uma estruturade direção NEdefinida por magnetrometriae que delimita dois blocos do Cinturão Dom Feliciano, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Por meio de geologia estrutural, analises petrográficas e microestruturais, e modelagem termodinâmica, foi definida a história metamórfico-deformacional do CMPF e o que estáinforma sobre o LC, e também discutidos implicações regionais. A modelagem termodinâmica indica condições para o início do crescimento das granadas em um granada filito de 490-500 ºC e 2,5-3,3 kbar e pico em 500-510 ºC e 5-6,4 kbar (M1). Já para um granada-estaurolita xisto, foram calculadas condições de 530–550 ºC e 3–4,3 kbar para a o núcleo da granada e pico 560–570 ºC / 5–5,5 kbar (M1). Interpretações petrográficas relacionam D1(registrada em trilhas de inclusões em profiroblastos –S1) ascondições de cristalização das granadas, e D2que gerou a foliação principal do CMPF (S2) ao pico de M1. Depois de M1(17.5–19.25 km, se 1 bar=3,5 km), o complexo foi elevado a uma profundidade ~14 km(~4kbar), visto que o metamorfismo de contato gerado pelo GranitoCaçapava em ca. 562 Ma cristalizou andaluzita(M2). A correlação das estruturas da D3(S3eL3)com asestruturas magmáticasdo granito, a orientação das anomalias geofísicas da região, e a cinemática da S3corroboram a intepretação LC como uma zona de cisalhamento destral, a Zona de Cisalhamento de Caçapava (ZCC). Neste evento, M2-D3, a recristalização de biotita em regiõescom S3indica que as condições de metamorfismo são defácies xisto verde, zona da biotita. Devido a localizaçãode anomalias e modelagem tridimensional disponível do Granito Caçapava, nos interpretamos que um braço da Zona de Cisalhamento de Caçapava que variou de ENE para NS e responsável elo posicionamento do granito. Por fim, implicações regionais oriundas da interpretação da relação do CMPF com a ZCC, como o caráter delimitador de blocosda estrutura e o posicionamento geotectônico do complexo.