O existencialismo à la carioca em O ventre de Carlos Heitor Cony

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Souza, Márcio Júnior de
Orientador(a): Silva, Márcia Ivana de Lima e
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/168945
Resumo: O presente estudo propõe-se ao levantamento das relações intertextuais tantas vezes apontadas, porém quase nunca aprofundadas por nossa crítica literária entre o filósofo existencialista Jean-Paul Sartre e o romancista brasileiro Carlos Heitor Cony. Em seu conjunto, o trabalho baseia-se em dois planos: no primeiro, são criteriosamente assinaladas as semelhanças temáticas e, eventualmente, formais da prosa ficcional de ambos, tendo por objetos de estudo os seus respectivos romances de estreia: A náusea e O ventre; no segundo, o mais relevante para meus atuais propósitos, acentua-se a investigação das diferenças, sobretudo estilísticas, da literatura conyana em relação à do pensador francês. Portanto, em sentido mais amplo, o trabalho trata-se de uma ampla reflexão acerca do processo de apropriação antropofágica na linha oswaldiana de alguns dos típicos temas existencialistas de Sartre e de sua adaptação por meio de um estilo que denota traços individuais cujas características são a ironia cortante, o humor sarcástico e algum lirismo por parte de Cony, do que decorre um inusitado acariocamento do Existencialismo sartriano. Dentro dos limites formais deste tipo de estudo, são ainda referidos diversos outros textos filosóficos e literários destes intelectuais em uma tentativa de corte transversal o mais elucidativo possível de suas obras.