Contra a "Revolução dos caranguejos": Carlos Heitor Cony e as crônicas de resistência ao golpe militar de 1964

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Mauricio Guilherme Silva Junior
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-8RYHMR
Resumo: A presente pesquisa busca investigar, pelo método da análise de conteúdo, as 37 crônicas reunidas em O ato e o fato, de autoria do escritor e jornalista carioca Carlos Heitor Cony. Publicado em 1964, ano de eclosão do golpe militar que levaria o Brasil a vinte e um anos de regime ditatorial, o livro concentra os textos escritos pelo autor, de 2 de abril a 9 de junho daquele ano, para o jornal Correio da Manhã. O estudo centra-se na interpretação das estratégias narrativas do cronista, cujo objetivo seria a ampliação da capacidade (estética) da crônica em promover a resistência ao movimento autoritário. Além das referidas narrativas - e com vistas à construção do perfil profissional, literário e intelectual de Cony - também foram realizadas leituras críticas de cerca de 450 crônicas do autor, muitas das quais encontradas nas coletâneas Da arte de falar mal (1963), Posto Seis (1965), Os anos mais antigos do passado (1998), O harém das bananeiras (1999), O suor e a lágrima (2002), O tudo e o nada (2004) e Eu, aos pedaços: memórias (2010). Com o mesmo propósito, recorreu-se, ainda, à leitura e investigação do ensaio memorialístico A revolução dos caranguejos, publicado em 2004. A busca pelo esclarecimento das estratégias narrativas do escritor traduz-se, por sua vez, na oportunidade para reflexão - mesmo que paralela - acerca das relações entre os acontecimentos sociopolíticos e a literatura brasileira pós-1964.