Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Meireles, Helena Soares |
Orientador(a): |
Rosa, Russel Teresinha Dutra da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/288295
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Resumo: |
Em um processo histórico, que envolve o rapto, a dominação, a expoliação e o apagamento do ser e estar no mundo de um grupo étnico, a educação, bem como a escola, segue sendo um território ainda acessado e de permanência muito perene ao nosso povo. A luta por resistir e existir, a partir de uma construção social, cultural e profissional, que tem seu início nos espaços escolares, ainda é uma realidade ao povo negro. Junto a isso, a escola parece ainda não ter validado seu papel de adequar-se às suas comunidades, considerando um projeto político pedagógico que dê conta e preste conta de toda diversidade que a mesma acolhe no seu cotidiano. Hoje, apresento-me ao mundo enquanto um corpo preto, guardião, uma referência positiva, em relação a minha identidade de gênero. O objetivo deste trabalho é registrar, denunciar, refletir e contribuir na efetivação da prática em Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER), com foco em uma perspectiva afro-referenciada e a partir da vivência da cultura africana clássica e afro-brasileira. A problemática do estudo é a análise de como a experiência do Coletivo Quilombelas, bem como o aquilombamento e apoderamento da comunidade negra escolar do bairro Restinga, situado em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Brasil, com foco na promoção da Educação para as Relações Étnico Raciais enfrentou o racismo institucional. A pesquisa tem como referencial teórico-metodológico a Escrevivência, a partir da obra literária de Conceição Evaristo (2008) e o apoderamento (2003), assim como as experiências e registros sobre quilombos de Beatriz Nascimento (2018) e de Abdias do Nascimento (1980). A partir da Escrevivência produzida pelo registro e análise da experiência das Quilombelas, foi construída uma noção alargada de quilombo, enquanto encontro, apoderamento, proteção dos seus integrantes e, consequentemente, enfrentamento do racismo, transformando a realidade por meio de pretagogias que incluem ancestralidade, espiritualidade, religiosidade e experimentações artísticas. Dessa forma, o quilombo busca resistir ao racismo estrutural, mas sofre ataques do racismo institucional e individual, forças que podem produzir a dissolução do quilombo. Entretanto, as pretagogias valorizam saberes e vivências da comunidade, produzindo o apoderamento. A participação na experiência de aquilombamento no espaço escolar é transformadora, constituindo o corpo quilombo, capaz de produzir caminhos e novos aquilombamentos por meio de outros encontros. |