O processo de composição musical do adolescente : ações e operações cognitivas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Guterres, Aline Lucas
Orientador(a): Maffioletti, Leda de Albuquerque
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/49344
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo analisar o processo de composição musical de três sujeitos adolescentes iniciantes de teclado, visando identificar os processos cognitivos que potencializam a realização da atividade. A pesquisa ocorreu durante as aulas de teclado em uma escola municipal de artes da região metropolitana de Porto Alegre. As composições foram realizadas individualmente por três sujeitos entre 12 a 16 anos de idade, no primeiro semestre de 2011. Como referencial teórico, adotei dois aportes principais: a Epistemologia Genética e a pesquisa sobre o desenvolvimento da composição musical proposta por Maffioletti (2005). Os procedimentos da pesquisa seguiram os princípios do método clínico de Jean Piaget, sendo que para análise foram utilizadas as transcrições para a pauta musical de todo o processo de composição e as descrições das ações e operações, diálogos e entrevista clínica extraídas dos registros em vídeo. O registro das composições criou um espaço de reflexão, diálogo e questionamento acerca dos conteúdos musicais envolvidos; o processo de composição musical como um todo provocou desafios e a necessidade de aprofundar e construir conhecimentos novos. Esta pesquisa mostrou que é possível identificar os processos cognitivos envolvidos no processo de composição musical. Este estudo possibilitou a compreensão de que o adolescente, ao compor música, faz uso de relações lógicas próprias do pensamento operatório. Faz-se necessário reconhecer que a situação peculiar dos alunos iniciantes não permite avaliar como os conhecimentos teóricos participam do raciocínio formal sobre música. Os resultados podem trazer mudanças na perspectiva da composição como recurso pedagógico para envolver o aluno em atividades interessantes e significativas, ampliando a compreensão da composição como uma área de conhecimento, com conteúdo próprio e processos cognitivos que favorecem a compreensão dos conteúdos musicais.