Morfologia pós-craniana de cinodontes traversodontídeos da zona de associação de Santacruzodon, triássico médio do Rio Grande do Sul, Bacia do Paraná, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bertoni, Ricardo Saboia
Orientador(a): Ribeiro, Ana Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/94683
Resumo: A grande maioria dos cinodontes não-mamalianos possui seu esqueleto póscraniano completo, porém muitos se encontram apenas parcialmente descritos. A maior parte do conhecimento acerca deste grupo e de suas relações filogenéticas com os mamíferos baseia-se na anatomia sincraniana e dentária, uma vez que a abundância de material desta natureza é relativamente maior do que a de restos pós-cranianos. O afloramento Schoenstatt localiza-se na periferia do Município de Santa Cruz do Sul (BR 471), Rio Grande do Sul, Brasil, ao lado da rodovia RST 287, sendo atribuído à Zona de Associação de Santacruzodon. Neste afloramento, é registrada uma fauna meso-triássica na qual predominam os cinodontes nãomamalianos, dos quais já foram registrados pelo menos 100 espécimes. Com base em material craniano e dentário, já foram reportados nesta localidade os traversodontídeos Santacruzodon hopsoni, cf. Massetognathus e Menadon besairei, enquanto que o material pós-craniano ainda não foi estudado. Esta dissertação objetiva descrever a morfologia do material pós-craniano pertencente à família Traversodontidae, coletado no afloramento Schoenstatt e depositados na Seção de Paleontologia do MCN-FZBRS, estudando comparativamente espécies das demais Zonas de Associação do Triássico do RS e de outras formações triássicas gonduâicas. Todos os restos pós-cranianos aqui descritos, foram separados em dois morfótipos distintos, sendo proposto para o morfotipo I, Menadon besairei e para o morfotipo II, Santacruzodon hopsoni. Para esta classificação, foram utilizados critérios anatômico-morfológicos específicos de cada osso, bem como o tamanho dos ossos e associação destes com material sincraniano e dentário. Após a análise morfológica, pode-se observar uma mescla de caracteres ditos “reptilianos” e outros “mamalianos” para os espécimes estudados, o que corrobora com os estudos anteriores sobre anatomia pós-craniana de cinodontes não-mamalianos, sendo observado que o morfótipo I, possui uma maior quantidade de caracteres primitivos em relação ao morfótipo II, mais derivado e similar à condição mamaliforme dos mamíferos mais primitivos.