Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Schmitt, Maurício Rodrigo |
Orientador(a): |
Soares, Marina Bento |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/251645
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Resumo: |
A Supersequência Santa Maria (Triássico Superior do Rio Grande do Sul) é estratigraficamente composta quatro sequencias de terceira ordem, três delas contendo associações faunísticas que se sucedem no tempo: as Zonas de Associação (ZA) de Dinodontosaurus (Sequência Pinheiros-Chiniquá), Santacruzodon (Sequência Santa Cruz), Hyperodapedon e Riograndia (Seuência Candelária). A ZA de Santacruzodon foi proposta com base em materiais coletados no afloramento Schoenstätt, município de Santa Cruz do Sul, com sua composição faunística dominada quase que exclusivamente por cinodontes traversodontídeos. Dois táxons foram formalmente descritos como Santacruzodon hopsoni, que dá nome à ZA, devido a sua dominância na assembleia, e Menadon besairiei, encontrado na Formação Isalo II, em Madagascar. A presença de Menadon e as afinidades filogenéticas de Santacruzodon com o também malgaxe Dadadon isaloi permitiram a correlação da ZA de Santacruzodon com a fauna do Grupo Isalo II, apontando uma idade Carniana inicial. Também foram identificados preliminarmente materiais referidos a Chiniquodon e Massetognathus, táxons comuns à ZA de Dinodontosaurus do Brasil e à Formação Chanãres da Argentina, sendo Chiniquodon também encontrado na Formaçao ischigualasto deste país. O espécime referido a Massetognathus, UFRGS-PV-0712-T, composto por crânio e mandíbula com dentição, é objeto de estudo do presente trabalho. UFRGS-PV-0712- T foi identificado como Mas. ochagaviae com base nos seguintes caracteres: borda labial dos dentes pos-caninos maxilares em formato de triângulo isósceles, presença de plataforma lateral da maxila, presença de cíngulo posterior nos pós-caninos maxilares. Uma análise filogenética foi conduzida, recuperando UFRGS-PV-0712-T como táxon-irmão de M. ochagaviae, confirmando a identificação táxonômica. A presença de Mas. ochagaviae na ZA de Santacruzodon, além de ampliar o conteúdo faunístico desta ZA, acarreta em implicações bioestratigráficas envolvendo o biocron do táxon e as relações entre as camadas triássicas brasileiras, argentinas e malgaxes. Embora a ZA de Santacruzodon, compartilhe táxons com a ZA de Dinodontosaurus, subjacente, com faunas de unidades como Grupo Isalo II e as formações Chañares e Ischigualasto, de idades distintas, esta representa uma associação única, com alguns táxons endêmicos, que em conjunto representam uma fauna ainda não reconhecida em outras unidades triássicas. Novos materiais e coletas com controle bioestratigráfico são necessários para o melhor entendimento desta associação faunística. |