Avaliação da coprodução de KPC e NDM em Klebsiella pneumoniae : caracterização dos elementos genéticos móveis envolvidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Berdichevski, Mayana Kieling Hernandez
Orientador(a): Barth, Afonso Luis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/273214
Resumo: Infecções causadas por Enterobacterales produtoras de carbapenemases que abrigam mais de um gene de carbapenemases se espalham, principalmente, pela mobilização de plasmídios e transposons. É importante avaliar esses elementos genéticos móveis para compreender sua disseminação. Este estudo teve como objetivo analisar os elementos genéticos móveis carreadores de blaKPC e blaNDM de coprodutores de carbapenemases de K. pneumoniae (KpKN). Isolados de K. pneumoniae com suscetibilidade reduzida a carbapenêmicos foram obtidos de 2016 a 2023. Para avaliar o ambiente genético de KpKN, 22 isolados foram selecionados para perfil de suscetibilidade antimicrobiana e sequenciamento do genoma completo (WGS) usando plataformas MiSeq e MinIon. O gene blaKPC-2 foi carreado, principalmente, por IncN/IncFIB (~84.000 pb), um novo plasmídio cointegrado (16/22; 72%) no transposon Tn4401b, que também carregava genes que conferem resistência ao trimetoprim. O blaNDM-2 foi carregado nos únicos dois isolados KpKN recuperados antes de 2020 pelo plasmídio do tipo IncHI1B/IncFIB (~255.000 pb), carregando o gene no transposon Tn3000, que também apresentava genes de resistência a aminoglicosídeos. Digno de nota, os isolados obtidos desde 2020 mostraram o gene blaNDM-1 carreado pelo IncA/C (~170.000 pb) (18/22; 82%) em um “IS26-flanked pseudo-composite transposon containing ISCR1”, que também tinha genes que conferem resistência a sulfonamidas, aminoglicosídeos, macrolídeos, quinolonas, anfenicóis, tetraciclinas, rifampicina, sulfonamida e trimetoprima. As alterações do plasmídio e do transposon durante os diferentes períodos podem estar relacionadas à maior disseminação de NDM e o grande número de genes de resistência presentes no transposon flanqueado IS26 pode ter aumentado a coseleção deste plasmídio através do amplo uso de antibióticos durante a pandemia.