Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Vitor |
Orientador(a): |
Zanini, Claudio Vescia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/265997
|
Resumo: |
Esta dissertação analisa os filmes Absentia (Mike Flanagan, 2011), Hereditary (Ari Aster, 2018) e The Lodge (Severin Fiala e Veronika Franz, 2019) com a intenção de descrever como a cinematografia é usada para estimular leituras ambíguas e hesitação no espectador. O uso de ambiguidade está presente em muitas, se não em todas, as tendências cinematográficas de horror desde o surgimento do cinema; no entanto, o ciclo em que esses filmes estão inseridos— o polêmico post-horror—é descrito por suas características marcantes de uso de apreensão prolongada, ritmo lento e preterição por edição dinâmica e jump scares para criar narrativas contemplativas, portentosas e opressivas que privilegiam afetos negativos. Sem cooptar emoções direcionadas a um objeto ou usar resoluções claras, esse ciclo cinemático possibilita a proliferação da hesitação e estimula uma apreensão generalizada a respeito da natureza dos eventos retratados; assim, potencializa o desconforto de navegar entre o sobrenatural e a plausibilidade do mundo real. Considerando afirmações de que, com seu estilo associado a uma estética artística virtuosa, o post-horror desestabiliza o horror, propõe-se aqui uma discussão para situar o gênero na tradição do horror em um esforço de contextualização informado pelos trabalhos de teóricos como Noël Carroll (1990), Fred Botting (1996), Isabel Pinedo (1996), Tim Woods (2003), Kevin Wetmore (2012) e Carol Clover (2015); além disso, as características formais do post-horror são descritas de acordo com a obra de David Church (2021). Adotando uma abordagem qualitativa baseada principalmente na obra de Bruce Mamer (2009) e Peter Verstraten (2009), realiza-se uma análise dos elementos formais desses filmes para explorar as estratégias narrativas e cinematográficas empregadas para ativar um olhar subjetivo e sugerir falhas na percepção, um princípio estético que é explorado de acordo com a obra de Uri Margolin (2011). Por fim, a discussão proposta por Sternberg e Yacobi (2015) sobre não confiabilidade narrativa é apresentada para revelar as possíveis estratégias interpretativas às quais possivelmente recorrem os espectadores desses filmes para resolver ambiguidade e tensões textuais. |