Uma análise das possibilidades de estabilização do Afeganistão : os projetos regionais de Estados Unidos, China e Rússia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Dini, Cassiana Borilli
Orientador(a): Duarte, Érico Esteves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/77670
Resumo: Esta dissertação realiza uma análise prospectiva das possibilidades de estabilização do Afeganistão a partir dos projetos regionais de Estados Unidos, China e Rússia, através das teorias da mudança política internacional e da estabilidade hegemônica, do realismo neoclássico, do realismo ofensivo e do neofuncionalismo. Após o anúncio de 2009 de retirada das tropas dos Estados Unidos do Afeganistão para 2014, a região vem apresentando modificações nos padrões de relações de poder. Há evidências de uma competição em curso pelo controle das rotas de escoamento, linhas de transmissão de energia, recursos e mercados afegãos entre os atores citados, sendo também demonstrada pelos diferentes projetos de reconstrução que esses três países propõem ao Afeganistão. O objetivo é melhor entender como a competição pela liderança política regional ocorre entre esses atores através dos diferentes projetos de reconstrução e integração do Afeganistão na região e qual é a importância deste país no jogo de poder regional. Para isso, a análise realiza inferências descritivas. Em primeiro lugar, a medida de presença militar desses três países no Afeganistão. Num segundo momento, a dimensão técnica dos projetos, especialmente de infraestrutura (implicações para a segurança, permeabilidade social e política; e os aspectos técnicos e estratégicos). E em terceiro, a importância das elites e a fragmentação étnica no Afeganistão são consideradas como fatores essenciais para entender a aceitação e a viabilidade política dos projetos. Nesse aspecto, a pesquisa também avalia como a criação de agências para atender esses projetos favorece o conjunto de burocracias e influência institucional de cada um dos três concorrentes regionais. Por fim, nessas variáveis são consideradas as decisões de política externa de Estados Unidos, China e Rússia para o Afeganistão, assim como o modo com que países vizinhos (Irã, Paquistão e Índia) servem como fatores de influência na política doméstica afegã. A pesquisa tem caráter qualitativo, é de tipo exploratório-descritivo e se utiliza do método hipotético-dedutivo e do rastreamento de processo para expor ao máximo o estudo de caso escolhido. Como resultado, é oferecida uma melhor contextualização da atual competição regional; e as relações de poder manifestas no caso afegão sugerem a proeminência da liderança regional dos Estados Unidos a partir do Afeganistão, devido à presença militar norte-americana no país, inibindo as tentativas de China e Rússia de aumentar sua influência na região.