Genética comunitária : a inserção da genética médica na atenção primária à saúde em Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Vieira, Taiane Alves
Orientador(a): Giugliani, Roberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/52944
Resumo: Introdução: Com o melhor controle das causas ambientais, as doenças genéticas e as malformações congênitas cada vez mais ganham destaque como fatores morbidade e mortalidade, assim como cada vez mais se reconhece a importância da base genética para as doenças comuns. Desta forma, é necessário desenvolver estratégias de prevenção e controle destas condições, assim como acesso aos cuidados de saúde para pessoas com ou em risco de desenvolver uma doença genética. A integração da genética na Atenção Primária à Saúde (APS) parece ser uma alternativa para se desenvolver ações de prevenção e controle, assim como facilitar o acesso da comunidade aos cuidados de saúde com base no conhecimento sobre a genética. Para tanto, é necessário que os profissionais da APS tenham um conhecimento básico sobre genética, as principais condições, as formas de manejo e prevenção. Objetivo: Avaliar se a aplicação de um programa educativo de genética médica direcionado às equipes de APS pode contribuir para integrar conceitos e atitudes relacionados à identificação, ao manejo e à prevenção de malformações congênitas e doenças genéticas. Métodos: O programa foi planejado por profissionais do Serviço de Genética Médica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e aplicado em três Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição. O programa foi constituído por encontros realizados nas próprias UBS com ênfase nos seguintes temas: conceitos básicos em genética, avaliação genética de famílias, teratógenos e prevenção de defeitos congênitos, genética da deficiência intelectual, erros inatos do metabolismo e triagem neonatal, oncogenética, genética das doenças crônicas comuns e aconselhamento genético e préconcepcional. Foi desenvolvido material de apoio para os participantes e material educativo para a comunidade. O programa foi avaliado através de pré e pós-teste, bem como um questionário de auto-avaliação aplicado aos profissionais da APS sobre o conhecimento e confiança em prover cuidados com bases genéticas aos pacientes e famílias. Além disso, foi aplicado um questionário sobre a relevância do programa para a prática clínica e a utilização dos recursos apresentados ou disponibilizados durante o programa. Resultados: Quarenta e três profissionais participaram do programa. Em duas das três UBS encontramos um aumento estatisticamente significativo no número de acertos do pós-teste quando comparado ao préteste. Durante o programa foram desenvolvidos materiais educativos para a comunidade (folders) e para os profissionais (Manual de Genética Médica para a Atenção Primária à Saúde). A maioria dos profissionais relatou um maior conhecimento e confiança após o programa, referiu que o programa influenciou a sua prática clínica e informou utilizar os recursos de informação apresentados e o material educativo elaborado durante o programa. Conclusão: O programa proporcionou uma aproximação da genética médica com a APS, fazendo com que os profissionais atentem para a genética como determinante de doenças na comunidade. Entretanto percebeu-se a necessidade de estratégias de educação continuada e suporte contínuo à APS, com o intuito de fortalecer a integração das duas especialidades, colocando-se em prática a genética comunitária.