Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Klu, Marcelo de Castro |
Orientador(a): |
Martins, Sheila Cristina Ouriques |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/221591
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Resumo: |
Introdução: Quanto mais rápido o paciente com acidente vascular cerebral isquêmico agudo (AVCI) receber tratamento de reperfusão, maiores serão as chances de um bom desfecho funcional. O monitoramento dos tempos de tratamento do AVC permite identificar os principais motivos do atraso da terapia trombolítica e também planejar ações específicas de melhoria. O objetivo deste estudo foi identificar as principais razões para o atraso da terapia trombolítica em pacientes com AVCI agudo de um centro de AVC público. Métodos: Dados de todos os pacientes que chegaram com AVCI agudo no Departamento de Emergência (DE) e receberam terapia trombolítica de 2019 a 2020 foram avaliados prospectivamente. Foi medido os tempos de cada etapa até o tratamento e os motivos de atraso da chegada ao DE até receber terapia trombolítica (o tempo porta-agulha). Resultados: Um total de 143 pacientes receberam terapia trombolítica durante este período. O tempo porta-agulha mediano foi de 73 [56-93] minutos. Pacientes que chegaram pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) pré-hospitalar apresentaram menor mediana de tempo porta-agulha (70 vs. 80 minutos). Na análise multivariada, os preditores independentes de tempo porta-agulha > 60 minutos foram: fibrilação atrial (FA) prévia (OR 6,8) e a administração do trombolítico no departamento de emergência (OR 8,9; p<0,0001). A maioria dos pacientes teve mais de um motivo para o atraso do tratamento. Os principais motivos foram: o atraso no início da Tomografia Computadorizada (TC) de crânio (tempo porta-TC), atraso na tomada de decisão após a TC (tempo TC-agulha) e atraso na redução da pressão arterial. Diversas ações foram implementadas durante o período do estudo. O mais importante, que contribuiu para diminuir o tempo porta-agulha, foi iniciar o bolus de alteplase na mesa do tomógrafo (diminuiu a mediana do tempo porta-agulha de 74 para 52, tempo ≤ 60 minutos em 67% dos pacientes tratados na mesa do tomógrafo versus 24% dos pacientes tratados no DE). O tempo TC-agulha diminuiu de 49 para 39 minutos em 2020, em comparação com 2019 (p = 0,02), e o tempo porta-agulha diminuiu de 78 para 66 minutos (p = 0,02), respectivamente. Conclusões: O principal motivo de atraso do tratamento de reperfusão com trombolítico foi na realização da TC de crânio, seguido do atraso na tomada de decisão. A implementação do início do trombolítico na mesa do tomógrafo foi o principal fator que contribuiu para a redução do tempo porta-agulha. O monitoramento contínuo dos tempos de serviço é essencial para melhorar a qualidade do centro de AVC e alcançar melhores desfechos funcionais no paciente. |