Macho varón sin pepa : a prática dos futebóis na história de vida de atletas da equipe de futebol da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Yaneth Martínez Mina, Claudia
Orientador(a): Goellner, Silvana Vilodre
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/140134
Resumo: Este estudo teve como objetivo analisar as experiências das atletas da equipe de futsal da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), identificando a forma como a categoria relacional gênero apareceu nos diversos contextos sociais em função de serem mulheres que praticavam este esporte. Fundamentado no aporte teórico-metodológico da História Oral foram produzidas entrevistas sobre as histórias de vida de quatorze atletas participantes da equipe no ano de 2014. Estas entrevistas foram analisadas considerando argumentos teóricos dos Estudos Culturais e dos Estudos de Gênero em suas vertentes pós-estruturalistas e delas emergiram quatro categorias analíticas: as formas como as atletas se inseriram na prática esportiva dos futebóis; as características do contexto escolar, no qual as atletas manifestaram e descreveram a prática dos futebóis no recreio, nas aulas de Educação Física e nos campeonatos tanto internos quanto externos que a instituição propiciava; a participação esportiva das atletas com relação aos futebóis; e finalmente, os significados que as atletas atribuíram à prática dos futebóis na sua trajetória esportiva. Esta pesquisa permitiu identificar que elas se inseriram em um espaço no qual faziam parte da diferença, lidando com as contradições que as representações normatizadas da sociedade lhes ocasionava. No espaço escolar a segregação sexual vivenciada nas aulas de Educação Física foram resistidas através de diversas estratégias como incentivar a prática do futebol em colegas ou participar das aulas juntamente com os meninos. De igual forma, na participação das atletas nos futebóis se evidenciou que elas eram as únicas ou umas das poucas meninas que participavam de jogos de futebol nos espaços de lazer, escolares, de formação esportiva, entre outros. Finalmente nos significados atribuídos à prática dos futebóis, as atletas evidenciam sua relação com a estruturação de outras interações, vínculos e sociabilidades. Nesse sentido destacam a criação de uma banda de Pagode composta por integrantes da equipe entendendo-a como uma manifestação pública para expor suas percepções e lutas políticas em prol da conquista de espaço nas várias manifestações que integram os futebóis e que são socialmente marcados como próprio para os homens.