Diatermia ovariana guiada por ecografia transvaginal utilizando animais como modelo experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Pimentel, Anita Mylius
Orientador(a): Corleta, Helena von Eye
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/117140
Resumo: Introdução: A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) afeta 5 a 10% de mulheres em idade reprodutiva. O tratamento da infertilidade de causa anovulatória em pacientes com SOP envolve a indução da ovulação, sendo o citrato de clomifeno (CC) a medicação de primeira escolha. Nos casos resistentes ao CC, a segunda linha de tratamento pode ser medicamentosa (gonadotrofinas) ou cirúrgica (cauterização ou diatermia ovariana), realizada por videolaparoscopia (VLPC). A indução com gonadotrofinas aumenta muito o risco de multigestação, o que não ocorre com a diatermia ovariana, que restaura a ovulação fisiológica (monovulação). A ecografia transvaginal é um procedimento simples, menos invasivo do que aVLPC, que permite a punção ovariana através do fórnice vaginal. Objetivos: desenvolver uma técnica minimamente invasiva de cauterização ovariana monopolar guiada por ecografia transvaginal, utilizando animais (ovelhas e vacas) como modelo experimental. Métodos: em um primeiro experimento foram utilizadas ovelhas (15 Corriedale e 2 Suffolk) e no segundo experimento foram utilizadas 11 vacas Angus, todos animais em idade reprodutiva e com integridade ovariana anatômica e funcional. Para a cauterização monopolar foi utilizado o eletrocautério Valleylab Force FX e uma agulha especialmente desenvolvida para esse fim. Os animais tiveram os ovários cauterizados em 4 pontos cada e foram abatidos 2 dias após para coleta dos ovários e inspeção do trajeto da agulha. Resultados: Nas ovelhas, dos 34 ovários cauterizados, apenas 3 apresentaram a lesão característica. Dos 22 ovários cauterizados nas vacas, 20 apresentaram a lesão característica, tanto macro quando microscopicamente. Nas duas espécies animais, não houve lesões no trajeto da agulha. Conclusão: A cauterização ovariana se mostrou segura nos dois modelos experimentais, nenhum animal apresentou lesões térmicas ou pela punção no trajeto da agulha. Nas vacas, a identificação ecográfica e a cauterização, além de segura, foram efetivas. A eficiência e segurança dessa técnica devem ser estudadas em mulheres com anovulação por SOP.