Os mapas nos movimentos políticos da arte no Grajaú : território e cotidiano na periferia de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Verneque, Dayane Oliveira
Orientador(a): Batista, Sinthia Cristina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Art
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/274762
Resumo: O Grajaú é um distrito da cidade de São Paulo, caracterizado pela concentração de favelas, a presença da represa Billings, a numerosa população e a intensa produção de arte. Embora o território esteja historicamente condicionado aos processos de marginalização, a arte presente nos muros, nos estabelecimentos, nas praças públicas, é elemento centralizador das dinâmicas locais, pois a partir dela os moradores são mobilizados e dinamizam com eles o território inteiro do distrito. Com isto objetiva-se evidenciar a arte como elemento ativo na formação do espaço geográfico, o que pode caracterizar um uso do território. Para isso é necessário compreender quais processos dão originem à presente realidade, como se desenrolam no cotidiano da população local e como se relacionam com os fluxos da cidade. Por isso adotou-se o método materialista histórico-dialético regressivo- progressivo, pautado na caracterização do presente, regresso ao passado e retorno a esse presente compreendido e analisado para que o futuro possa ser deslumbrado. Alguns coletivos organizados no território concederam entrevistas para esta investigação e assim permitiram o aprofundamento no cotidiano local. Ficou nítido que as ações não se encerram no tempo, mas são perpetuadas pelas gerações, por isso é necessária a manutenção e a permanência desses coletivos de arte, que conseguem se manter ativos a partir do acesso às políticas públicas de fomento à cultura e a alguns investimentos privados. Ao pensar nisto, evoca-se a cartografia como ferramenta de representação e articulação da arte no território. Os mapas, aplicados aos movimentos políticos culturais do Grajaú, podem representar a territorialização da arte e fundamentar estratégias para constante expansão das lutas populares por participação, cidadania e dignidade.