Guerras, trânsitos e apropriações : políticas da prostituição feminina a partir das experiências de quatro mulheres militantes em Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Olivar, José Miguel Nieto
Orientador(a): Victora, Ceres Gomes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/24035
Resumo: A presente tese explora as formas, naturezas e transformações da “relação prostituição”, em específico, daquilo que temos chamado como “políticas da prostituição feminina de rua”, tendo como foco a região central da cidade de Porto Alegre - RS, no percurso das últimas três décadas. A perspectiva narrativa e analítica desta pesquisa é construída a partir do encontro etnográfico com quatro mulheres militantes do movimento organizado de prostitutas em Porto Alegre, nascidas entre 1955 e 1965, que ainda hoje, como nos últimos 25 ou 30 anos, encontram na prostituição seus principais ganhos financeiros e simbólicos. Metodologicamente, trata-se de uma “etnografia da experiência interpessoal” realizada entre agosto de 2006 e janeiro de 2009, principalmente na cidade de Porto Alegre. Como resultados, destacam-se importantes transformações na organização e nas políticas da prostituição de rua, que implicam diferenças importantes entre gerações e ciclos de vida; a persistência da violência estatal e social; a “privatização” da prostituição; e a configuração de “zonas de tolerância simbólica”. Sugere-se a existência de uma bio-política da decência, do trabalho, da família e da cidadania, que, no caso brasileiro, se materializa numa política de eterna “estimulação/punição” (tolerância) sobre a prostituição/trabalho. Por outro lado, é evidente a complexidade, hibridez e importância das movimentações políticas, organizadas ou não, que reivindicam os direitos das prostitutas e simetrizam as relações.