Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Becker, Gisele
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Orientador(a): |
Hohlfeldt, Antonio Carlos
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação Social
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/4628
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Resumo: |
Este estudo se volta para o jornal a Gazetinha, publicado em Porto Alegre em fins do século XIX e que, neste momento e através de diferentes espaços em suas páginas, construiu uma fala de que as famílias de bem encontravam dificuldades de transitar nas ruas da cidade, ocupadas por bêbados, vândalos e mulheres que agarravam os homens à força. É o que alguns estudos históricos já chamaram de processo de saneamento moral. Entretanto, a proposta de análise aqui apresentada pretende se debruçar não apenas sobre a fala do jornal em si, mas sobre a maneira como ela foi elaborada por meio da construção de códigos de agenciamento de poder. Somado a isso, percebeu-se que a Gazetinha agendou a temática da prostituição e da moralidade entre os anos de 1895 e 1897, marco cronológico deste estudo. Trabalha-se, portanto, com a hipótese de que a insistência de uma fala ritmada, empregando códigos e termos semelhantes e em diferentes espaços do jornal (textos, colunas, anúncios publicitários e caricaturas, estas publicadas somente nas edições ilustradas da Gazetinha) elaborou códigos que contribuíram para a formação de uma mentalidade coletiva a respeito de um problema social, já existente, mas ampliado a partir da Abolição da Escravatura, quando muitas mulheres negras e sem opção no mercado de trabalho se voltaram para o ofício da prostituição. Trabalha-se, aqui, a hipótese de Agenda-Setting e sua contribuição para a consolidação destes códigos; a aproximação entre a História e o Jornalismo na construção de um conhecimento sobre uma sociedade que parece tão distante dos elementos que a caracterizam hoje, mas que, ao mesmo tempo, apresenta tantos aspectos comuns: ao contrário do que dita o senso comum sobre a sociedade do século XIX, um universo repleto de indivíduos com autonomia de pensamento, embora influenciadas por um discurso midiático, como percebemos nos dias que correm |