Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Beber, Ana Maria Costa |
Orientador(a): |
Menasche, Renata |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/79116
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Resumo: |
A partir da observação das práticas alimentares, entendidas enquanto constituintes de patrimônio familiar e como produto de consumo no turismo rural, esta tese analisa mudanças socioculturais em contexto de interação entre visitantes e visitados. Essas mudanças são entendidas a partir da noção de hibridismo cultural, que se realiza quando costumes herdados da população receptora tornam-se também produto de consumo para o turista, ou seja, quando ocorre a interação entre visitantes e visitados, situação de culturas em contato. Ainda, o espaço rural é aqui entendido como um rural plural, na perspectiva da multifuncionalidade. É nesse quadro que se coloca como objetivo apreender, a partir da observação das práticas alimentares, as percepções do rural e as mudanças nos modos de vida de famílias rurais em contexto de interação com turistas. Os dados empíricos foram obtidos por meio de pesquisa etnográfica, utilizando observação participante e entrevistas semiestruturadas. O olhar concentrou-se na família proprietária da Pousada Fazenda do Amor e em duas famílias vizinhas, que mantêm com a primeira, além de elo de parentesco, relações de compra, venda e troca de alimentos servidos na pousada. A análise dos dados permitiu a discussão sobre as mudanças nos modos de vida a partir da inter-relação entre familiares da Pousada Fazenda do Amor e turistas. Assim, os resultados são discutidos a partir de três formas de classificação das práticas alimentares no estabelecimento: a comida turística, a comida da cidade e a comida nossa. Ainda, a comida é entendida como patrimônio familiar e produto de consumo, capaz de criar laços entre os próprios familiares e entre os turistas, mas, também, distinção entre eles, marcando a posição dos sujeitos no encontro turístico. |