Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Guillermo Fernando Hovermann da |
Orientador(a): |
Lopes, Fernando Dias |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/189933
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Resumo: |
A via institucional se encontra atualmente em seu momento derradeiro. Quando, já em idade madura, precisa voltar-se para a realidade social ao seu redor e para si mesma em um amplo questionamento. Esta realidade, que seus autores observam como expectadores curiosos em uma posição de ampla neutralidade, é marcada em seu momento atual pela ação de forças díspares, provenientes de projetos de modernização racionalistas e fragmentários. Por um lado, a racionalização e a instrumentalização da vida humana contribuem para o fechamento das coletividades em torno dos princípios da ordem, da produtividade e da eficiência técnica; por outro uma cultura hedonista e psicologista contribui para que o esforço coletivo seja substituído pelas felicidades privadas e a tradição pelo movimento. Tem-se um contexto social marcado pela constante ameaça de separação entre o ator e o sistema e entre o mundo da objetividade e o da subjetividade. O que nos leva a questionar se podem as instituições oferecer uma forma de mediação justa para estas duas metades em conflito. A partir desse questionamento, faço aqui uma análise crítica da instituição tanto como fenômeno quanto como construção teórica, buscando traçar os caminhos percorridos pelo institucionalismo na análise organizacional desde seus precursores até os desenvolvimentos recentes. Argumento que, em sua essência, a instituição representa um esforço de instrumentalização de uma base moral na vida social organizada de modo a produzir um estado equilibrado e ordenado de concordâncias acerca de um bem-viver, o que tem como consequências principais o conservadorismo, o elitismo e a estratificação social. A análise crítica da via institucional em seus desenvolvimentos teóricos revela a acentuação de cada uma destas componentes por meio da igualização das esferas valorativa e normativa, da criação de duas formas de individualismo e da naturalização da dinâmica social, ambos marcados pela ausência de um questionamento ético das instituições e seus portadores. Em decorrência disto, defendo que a opção institucional é insuficiente para lidar com os dilemas da modernidade e em oferecer aos indivíduos vias para uma mudança transformadora de sua realidade social. Proponho para tanto recorrer à ideia de sujeito trazida pela sociologia da ação, uma unidade ética que age como questionador e modificador de seu contexto na luta altruísta em defesa de direitos que estejam sendo esquecidos, apagados ou mesmo silenciados. |