Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Guillermo Fernando Hovermann da |
Orientador(a): |
Lopes, Fernando Dias |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/78042
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Resumo: |
A teoria institucional tem se consolidado como uma importante corrente teórica nos estudos organizacionais. Durante muito tempo os estudos institucionais estiveram voltados para a forma como as instituições ofereciam significados coletivos aos atores do campo, focando-se em questões como o isomorfismo das organizações com práticas e regras institucionais do ambiente e com a homogeneidade dos campos organizacionais. Recentemente, novos temas têm entrado na agenda de pesquisa, levando em consideração a dinâmica existente na realidade organizacional, onde surgem questões como a inovação, o poder, o empreendedorismo, a lógica institucional, a ação estratégica e a agência. Buscando contribuir para o entendimento da dinâmica existente nos campos institucionais este estudo foca-se no setor vitivinícola gaúcho. Este setor tem passado por grandes mudanças nas últimas décadas tanto ao nível mundial quanto ao nível nacional. No panorama mundial observa-se um processo de globalização das empresas, com a formação de novas bases organizacionais e a busca por novos mercados, que pode resultar em uma diminuição ou até no futuro desaparecimento da distinção entre Velho e Novo mundo dos vinhos. Ao nível nacional observam-se os reflexos das mudanças ocorridas em escala global, com as empresas buscando expandir seus horizontes mercadológicos, se envolvendo em projetos de internacionalização e de delimitação geográfica, investindo no desenvolvimento do enoturismo e procurando por novas regiões de cultivo. De modo a avaliar como estas mudanças afetam o campo vitivinícola gaúcho o presente estudo teve como objetivo identificar como a forma como lógica institucional interage com a inovação dentro deste campo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com finalidades explicativas e descritivas, tendo sido escolhida como estratégia de pesquisa o estudo de caso único, onde o caso se constitui do próprio setor vitivinícola gaúcho. No estudo realizado observou-se um movimento crescente de estruturação do campo vitivinícola gaúcho. Na medida em que novos atores foram emergindo – vinícolas, associações e institutos de pesquisa – o campo presenciou um aumento na interação entre as organizações, no volume de informação e no grau de hierarquização, havendo o desenvolvimento de uma consciência mútua entre os atores do campo. Paralelamente, houve também a consolidação de uma lógica central dentro deste, fruto da institucionalização de práticas materiais e construções simbólicas. Constatou-se que o próprio processo de institucionalização pode ser visto como resultante das disputas de poder existentes no campo entre atores dominantes e desafiantes na busca pela legitimação de suas estruturas e atividades cognitivas, reguladoras e normativas. Neste aspecto é fundamental o papel desempenhado por empreendedores ou, ainda por indivíduos socialmente hábeis, seja na introdução de inovações incrementais ou radicais, seja através da construção de uma identidade coletiva e da consolidação de coalizões políticas. Finalmente, observou-se no campo vitivinícola gaúcho a mudança de uma lógica tradicionalista para uma lógica expansionista, que trouxe à tona o importante papel desempenhado pela inovação no campo institucional, atuando em uma constante renovação da lógica existente neste. |