A quimiossistemática como abordagem para escolha de espécies de samambaias e licófitas com potencial inseticida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lima, Gabriela Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27422
http://dx.doi.org/10.22409/PPG-CAPS.2021.m.16397934705
Resumo: Os insetos apresentam grande importância econômica e ecológica, entretanto, algumas espécies atuam como vetores de doenças. O uso extensivo de inseticidas sintéticos para o controle de insetos vetores vem causando danos ao meio ambiente e à saúde humana. Desse modo, a busca por inseticidas de origem vegetal tem gerado interesse de estudos. As samambaias e licófitas são plantas vasculares sem semente e apresentam diversas atividades biológicas descritas na literatura, demonstrando potencial inseticida. O objetivo deste estudo foi realizar a análise quimiossistemática da composição terpenoídica de óleos essenciais de samambaias e licófitas visando a busca racional de princípios ativos com potencial inseticida. A quimiossistemática se baseia no levantamento de dados de literatura e permite realizar uma avaliação da produção metabólica do táxon em questão. Para a análise dos dados, foram calculados os seguintes índices químicos: número de ocorrências, número de tipos, índice de diversidade, índice de oxidação, avanço evolutivo referente à oxidação e similaridade. Os monoterpenos, sesquiterpenos e norisoprenoides compõem a maior parte dos óleos essenciais da maioria das espécies avaliadas de algumas famílias. Nas samambaias, há maior ocorrência de monoterpenos, já nas licófitas os sesquiterpenos apresentam maior ocorrência. Em samambaias predominam os monoterpenos oxigenados e sesquiterpenos não oxigenados, enquanto em licófitas há o predomínio de substâncias não oxigenadas. Os esqueletos terpenoídicos mais prevalentes em samambaias foram mircano, mentano e farnesano, enquanto nas licófitas foram mentano, tujano, cadinano e cariofilano. Os sesquiterpenos podem ser considerados os marcadores quimiossistemáticos dos óleos essenciais dessas plantas, devido à sua representatividade e grande variedade de tipos estruturais. Apesar de pouco abordadas, as samambaias e licófitas apresentam muitos componentes que já foram estudados e tem demonstrado resultados bem promissores, como linalol, α-pineno, limoneno, (E)- nerolidol e β-cariofileno, atuando no sistema nervoso central ou no crescimento e desenvolvimento de insetos. Desse modo, espécies de samambaias e licófitas podem representar fonte potencial para o desenvolvimento de novos produtos, sobretudo às pertencentes as famílias Anemiaceae e Athyriaceae.