Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Kaufmann, Cristine |
Orientador(a): |
Baldissera, Rudimar |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/134837
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Resumo: |
A sustentabilidade, em sentido complexo, apresenta-se como um dos grandes desafios da humanidade, sendo a comunicação organizacional um lugar de sua construção e legitimação. Sob essa ótica, tendo como lente teórico-epistêmica, o Paradigma da Complexidade, conforme Morin (2006, 2008, 2011, 2013), com esta pesquisa temos o objetivo de compreender que perspectiva(s) teórico-filosófica(s) sobre sustentabilidade está(ão) orientando as práticas organizacionais na contemporaneidade. O tema do estudo são as apropriações da noção de sustentabilidade na/pela comunicação organizacional, especificamente, no âmbito da “organização comunicada” (BALDISSERA, 2009a), que é a dimensão das falas oficiais, lugar onde as organizações propõem imagens qualificadas de si na perspectiva do “ethos discursivo” (MAINGUENEAU, 2008). Nosso objeto de investigação são os sentidos de sustentabilidade produzidos e ofertados no discurso organizacional, especificamente, aquele materializado no Guia Exame de Sustentabilidade (GES) e nos sites institucionais de empresas premiadas pelo GES. Consideramos que esses são locais de instituição de sentidos, pois que se tratam de materializações discursivas orientadas pela intenção de comunicar e fazer reconhecer (instituir, conforme Bourdieu (1996)) determinados sentidos de sustentabilidade. No trajeto teórico-metodológico articulamos noções da Análise do Discurso, tendo como principais nortes as reflexões de Foucault (2006, 2012), Pêcheux ([88]2009), Orlandi (2009) e Maingueneau (1998, 2001, 2008, 2013). No processo de análise, acionamos, ainda, a sistematização proposta por Baldissera (2009b) sobre os lugares da sustentabilidade na cultura: 1) valor central; 2) valor periférico e/ou estratégico de mercado; 3) não-valor, valor negativo e/ou modismo; e 4) valor extrassistema. A análise dos sentidos de sustentabilidade instituídos no discurso organizacional nos permitiu compreender que a sustentabilidade tende a ser traduzida como sinônimo de lucratividade e perenidade dos negócios, com vistas à manutenção da lógica dominante, assumida, assim, como valor periférico e/ou estratégico de mercado na cultura organizacional. |