Relação entre a espessura cortical na ressonância magnética pré-operatória e a melhora clínica após o tratamento cirúrgico da doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Frizon, Leonardo Almeida
Orientador(a): Stefani, Marco Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/214003
Resumo: Introdução: Estimulação cerebral profunda (ECP) é um tratamento amplamente estabelecido para doença de Parkinson (DP). Enquanto preditores clínicos como a resposta ao levodopa são bem conhecidos, ainda permanece a necessidade de um preditor objetivo e imparcial na prática clínica. Nós realizamos um estudo exploratório para analisar se a espessura cortical, medida na ressonância magnética (RM) pré-operatória, se correlaciona com o desfecho pós-operatório. Métodos: Usando o Freesurfer, nós medimos a espessura cortical na RM pré-operatória de 38 pacientes que foram submetidos à ECP bilateral do núcleo subtalâmico (NST) para DP durante um período de 4 anos. As subseções de sintomas motores e de experiência da vida diária do Unified Parkinson Disease Rating Score (partes III e II) foram coletados antes e 6 meses após a cirurgia. Como análise inicial, uma série de correlações parciais foram realizadas para avaliar a correlação entre o resultado da cirurgia e a média da espessura cortical de regiões de interesse (ROI) pré-definidas, ajustando por possíveis fatores de confusão, sem correção para comparações múltiplas. Uma análise confirmatória, baseada em vértices foi realizada usando correção para comparações múltiplas. Resultados: Baseado na análise por ROI, a correlação mais forte com o desfecho motor foi encontrada com o córtex occipital lateral esquerdo. Pacientes com maior espessura cortical nesta região apresentaram uma melhora maior nos sintomas motores. Esta relação também foi confirmada na análise vértice-por-vértice. Maior espessura cortical nas regiões frontal e temporal pode estar correlacionada com uma melhora mais importante no UPDRS II, mas isso não foi confirmado na análise vértice-por-vértice. Conclusões: Nossos dados indicam que maior espessura cortical em áreas visuo-motoras está correlacionada ao desfecho motor depois de ECP para DP.