Variações no ambiente neonatal modulam o comportamento alimentar e as respostas neuroquímicas induzidas pela abstinência ao alimento palatável em ratas fêmeas adultas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Colman, Juliana Barcellos
Orientador(a): Silveira, Patrícia Pelufo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/107045
Resumo: Introdução: Variações das condições ambientais no período neonatal alteram a fisiologia e o desenvolvimento de diferentes sistemas. Modelos animais de estimulação neonatal induzem alterações neuroendócrinas e comportamentais persistentes. O objetivo deste trabalho foi estudar os efeitos da manipulação neonatal sobre o consumo de dieta palatável em diferentes períodos de exposição a esse tipo de alimento na vida adulta, e seus desfechos em resposta à abstinência ao alimento palatável. Métodos: No dia 0 de vida (dia de nascimento), as ninhadas foram divididas em manipuladas (M) e não manipuladas (NM), as que sofriam manipulação neonatal foram separadas das mães e colocadas em uma incubadora por 10 min/dia (do dia 1 ao dia 10 de vida). Aos 21 dias foi realizada a sexagem, apenas as fêmeas foram utilizadas neste trabalho. Entre os 80 e 100 dias de vida foram pesadas e randomizadas e o trabalho foi divido em: Experimento 1– exposição crônica à dieta palatável – comparação entre 15 dias e 30 dias de consumo da dieta e Experimento 2 – abstinência da dieta palatável – comparação de 24 horas e 7 dias de privação do alimento palatável com animais sem abstinência. A dieta foi oferecida a partir dos 90 dias de vida (todas as ratas tinham no mínimo 90 dias de vida). Foram avaliados: peso corporal, consumo alimentar, depósito de gordura abdominal (antes e depois da abstinência) e os níveis de corticosterona, de TH e p-CREB na amígdala após abstinência. As análises entre os grupos foram realizadas usando diferentes modelos estatísticos, ANOVA de duas vias, ANOVA de medidas repetidas seguidas pelo teste post-hoc de Tukey e o Teste t de Student. Resultados: Experimento 1 – Ambos os 15 e 30 dias de exposição crônica à dieta palatável induzem efeitos metabólicos semelhantes. Experimento 2- As ratas manipulados no período neonatal mostram uma resposta peculiar à abstinência do alimento palatável após a exposição crônica dessa dieta por 15 dias, menor ingestão de alimento palatável após a retirada por 24 horas, acompanhado pelo aumento de TH e pCREB na amígdala. Conclusões: Este estudo sugere que as variações no ambiente neonatal podem afetar a resposta a abstinência aguda de dieta palatável, principalmente em um nível neuroquímico, aumentando o TH e presença de p-CREB na amígdala de indivíduos que sofreram manipulação neonatal e restrição de dieta palatável por 24 horas.