O teatro da sociabilidade : um estudo dos clubes sociais como espaços de representação das elites urbanas alemãs e teuto-brasileiras : São Leopoldo. 1850/1930

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Ramos, Eloisa Helena Capovilla da Luz
Orientador(a): Gertz, René Ernaini
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/198330
Resumo: A tese é um estudo sobre os clubes sociais como espaços de representação da elite urbana alema e teuto-brasileira em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul no período compreendido entre 1850 e 1930. Para desenvolvê-la, analisei clubes e outros espaços sociais urbanos como espaços de sociabilidade e de lazer, como espaços de "ver e ser visto" e também como espaços de representação política em quatro momentos distintos: 1858, quando foi fundada a Sociedade Orpheu, a primeira sociedade da área urbana da então vila de São Leopoldo - nesse tempo, o espaço social era o único que se apresentava para as representações de afirmação social da elite teuto-brasileira, porque o espaço político ainda não lhes estava acessível; 1885, quando já se fizera a afirmação sociopolítica da elite teuta na vida da cidade, o que foi expressado pela criação de outros clubes e, consequentemente, pelo aumento das práticas de lazer e sociabilidade, bem como pela participação dos teutobrasileiros na vida política local; 1917, quando o processo de nacionalização brasileira apresentou o seu lado mais duro até então contra as populações imigrantes, entre as quais a alemã, que vinha, por sua vez, num processo crescente de germanização e ufanismo desde a criação da nação alemã em 1871; e, 1927, quando a cidade expressa um certo cosmopolitismo, e a elite leopoldense, agora uma fatia da elite rio-grandense, busca novos espaços de representação social e política através de um novo clube social: o Recreio Juvenil. A centralidade do trabalho está, portanto, no estudo dos clubes sociais e de outros espaços urbanos vistos como espaços de representação social e política de uma elite étnica que, ao se constituir, esteve excluida do processo político, dele se apropriando mais tarde. Levando em conta, ainda, que se trata da construção de espaços sociais dentro da cidade e que é na cidade que o espaço social se transforma em lugar de observação das representações sociais de um determinado grupo, o trabalho insere-se, também, no campo da história urbana.