As elites se divertem: identidades, sociabilidades e associativismo no Ideal Clube (Manaus, 1903-1920)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pereira, Kivia Mirrana de Souza
Outros Autores: //lattes.cnpq.br/9378591161636463, https://orcid.org/0000-0001-9381-9880
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9528
Resumo: Manaus, na virada do século XIX para o XX, passou pelo seu processo de “modernização” e “progresso”. Reflexo desse momento, vários clubes surgiram na cidade com o intuito de promover uma vida recreativa aos seus participantes. De acordo com as pesquisas realizadas, ao menos duzentas associações recreativas surgiram entre o período de 1854 a 1920. Com esse processo, este trabalho pretende compreender a formação, objetivos, ações e dinâmicas dos clubes e associações recreativas fundadas. Entre as análises que pretende-se encaminhar, observa-se estas entidades como espaço de organização e mobilização social, tendo em vista que os grupos, como as elites locais, escolheram estes espaços para afirmar seus interesses enquanto classe e execução de uma sociabilidade burguesa. As análises dessa pesquisa intenciona responder as perguntas sobre quem eram essas elites e como através de suas trajetórias individuais ou em grupo de sócios conseguiu-se estabelecer estratégias associativas no Ideal Clube. Deste modo, o Ideal, fundado em 1903, apresenta importantes dinâmicas organizativas que fizeram com que 51 diretores apresentassem características em comum como seus empenhos profissionais e postos públicos, naturalidades e vínculos recreativos, esportivos, mutualistas, partidários, fraternos, étnicos e educacionais que evidenciam os liames criados através de suas vivências. Entre os objetivos, ainda destaca-se a investigação sobre as práticas sociais que consagraram as atividades recreativas ao seu valor ideológico e simbólico para os prestígios, carismas, status e poderes das elites locais. Neste trabalho utilizamos os periódicos locais, estatutos, dicionários biográficos e obras memorialísticas que nos oferecem notícias sobre os clubes, atividades recreativas e como as elites que compunham a política, o âmbito jurídico, o comércio e as patentes militares. Torna-se importante destacar que esse trabalho está embasado nas discussões e contribuições sobre História Social da Amazônia que sustenta as vivências dos agentes e das relações sociais como imprescindíveis para interpretarmos a cidade, a organização dos seus grupos em entidades recreativas e as dinâmicas das políticas locais.