Tanino e tocoferol dietéticos sobre desempenho, peroxidação lipídica e qualidade da carne e carcaça de cordeiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Jacondino, Luiza Rodegheri
Orientador(a): Poli, Cesar Henrique Espirito Candal
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/233209
Resumo: Objetivou-se avaliar com o presente estudo os efeitos da suplementação de dietas de cordeiros com α-tocoferol, extrato taninífero de Acácia negra (Acacia mear- nsii) e a associação desses dois antioxidantes sobre o desempenho produtivo, oxida- ção lipídica sérica e qualidade da carne e carcaça. Foram utilizados 40 cordeiros, dis- tribuídos aleatoriamente em quatro tratamentos, alimentados durante 62 dias com: 1) Controle - dieta base sem adição de antioxidante; 2) Tocoferol - dieta controle com α- tocoferol (400 mg/kg de MS); 3) Tanino - dieta controle com extrato taninífero de Acá- cia negra (4% MS da dieta) e 4) Tanino + tocoferol - dieta controle com α-tocoferol e extrato taninífero de Acácia negra, nas mesmas quantidades dos tratamentos anteriores. O consumo diário foi mensurado pela manhã e pela tarde e pesou-se os animais a cada 14 dias. Durante o período experimental foram realizadas 5 coletas de sangue para avaliação da peroxidação lipídica. Os cordeiros foram destinados ao abate com peso vivo médio final de 30,22 ± 3,83 kg. Não foram encontradas diferenças significa- tivas (P > 0.05) nas variáveis de desempenho animal: peso vivo inicial, ganho médio diário e eficiência alimentar. A inclusão de taninos de Acacia mearnsii em ambas as dietas (tratamentos 3 e 4) reduziu o peso de carcaça fria (P < 0.05) e também houve uma tendência do consumo de matéria seca, do peso vivo final e da espessura de gordura subcutânea serem menores nesses tratamentos (P = 0.0727, P = 0.0637 e P = 0.0587, respectivamente). O estado de engorduramento da carcaça foi menor no tratamento tanino (P < 0.05), que também apresentou tendência a uma menor confor- mação da carcaça (P = 0.0659). A área de olho de lombo teve tendência a ser menor no tratamento tanino + tocoferol em comparação ao controle (P = 0.0644). A concen- tração de α-tocoferol no músculo longissimus thoracis et lumborum foi maior nos ani- mais suplementados com vitamina E (tratamentos 2 e 4), enquanto os tratamentos 1 e 3 apresentaram maior deposição de γ-tocoferol (P < 0.05). Não houve diferença no colesterol entre os tratamentos. As análises de estabilidade oxidativa foram realizadas em amostras de carne após 0, 7 e 14 dias de armazenamento refrigerado. A oxidação lipídica após 7 dias de armazenamento foi significativamente menor (P < 0.05) nos cordeiros suplementados com α-tocoferol. Não houve diferença no pH final, nos des- critores de cor e na formação de metamioglobina entre os tratamentos dietéticos. Houve uma tendência da concentração de malondialdeído sérico ser menor em ambos os tratamentos com tanino (P = 0.0677). Conclui-se que a suplementação de cordeiros em terminação com vitamina E é capaz de reduzir a oxidação lipídica da carne, e a suplementação com tanino é capaz de melhorar o status antioxidante do animal. A redução no consumo e em algumas características da carcaça devido a adição de tanino na dieta indicam a necessidade de mais estudos.