Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Sanini, Cláudia |
Orientador(a): |
Bosa, Cleonice Alves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/8697
|
Resumo: |
O autismo é uma síndrome comportamental que compromete o desenvolvimento infantil e apresenta múltiplas etiologias. Tem como sintomas típicos, aparentes antes do 3o ano de vida: prejuízo social, dificuldade na comunicação e ausência de atividades imaginativas, que são substituídas por comportamentos repetitivos. A taxa de prevalência varia de 3 até 16 crianças em cada 10.000, e a incidência é maior em meninos. A falha no contato afetivo e o déficit na habilidade em partilhar experiências internas têm sido objeto de investigações. Os resultados desses estudos têm demonstrado que as crianças com autismo desenvolvem apego em relação aos seus cuidadores, porém manifestam de uma forma não convencional. Esse estudo teve como objetivo investigar os indicadores de apego em crianças com autismo, a partir de um sistema de codificação dos comportamentos de apego que levou em consideração as idiossincrasias dessa população. Participaram desse estudo 10 crianças com autismo (AU), 10 crianças portadoras de síndrome de Down (SD), com idades entre 3 e 8 anos, e 10 crianças com desenvolvimento típico (DT) com idades entre 1 e 3 anos, todas do sexo masculino. Uma sessão de observação de brincadeira livre, constando de cinco episódios, foi filmada para avaliar os comportamentos interativos entre a mãe e a criança e entre esta e uma pessoa estranha. Os vídeos foram codificados por dois observadores independentes e “cegos” quanto à categoria dos grupos, e cálculos de fidedignidade foram realizados entre os dois observadores. Não foram encontradas diferenças significantes entre os três grupos na maioria dos episódios analisados e nem nas reações das crianças aos encontros, separações e reencontros com a mãe e a pessoa estranha. As crianças com AU apresentaram maior freqüência de comportamento de esquiva apenas no 1o episódio, o que pode decorrer da dificuldade dessas crianças para lidar com situações novas. Ao comparar os resultados do 1o e do 5o episódios, no grupo com AU, no qual as crianças permaneciam somente com a mãe, verificou-se uma freqüência maior dos comportamentos de Interação à Distância e Esquiva no 1o episódio. Na comparação dos resultados do 1o (Mãe/Criança) e do 3o (Criança/Estranho) episódios, no grupo com AU, o comportamento de Interação a Distância foi mais freqüente em relação à mãe do que ao estranho. Esses resultados sugerem a ocorrência de apego entre a criança com AU e suas mães e mostram as vantagens de se usar análises que considerem as peculiaridades desses comportamentos. |