Tradução e validação da escala Mood and Feelings Questionnaire (MFQ) – versão longa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rosa, Maria Martha Sousa da
Orientador(a): Kieling, Christian Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/178961
Resumo: Introdução: O transtorno depressivo maior (TDM) é prevalente na adolescência e a sua ocorrência é maior em meninas do que em meninos. Medidas confiáveis são importantes para avaliar depressão nessa população. O Mood and Feelings Questionnaire (MFQ) é um instrumento que avalia os sintomas depressivos e que tem sido crescentemente utilizado em estudos na área. O MFQ possui três versões: duas avaliam a sintomatologia da criança e do adolescente (uma para autorrelato [MFQ-C]) e uma para avalição do cuidador sobre a sintomatologia do jovem [MFQ-P]), e uma terceira versão que avalia a sintomatologia depressiva em adultos [MFQ-A], podendo ser preenchida pelos próprios pais ou cuidadores principais. Este estudo objetiva realizar a tradução, adaptação transcultural da versão longa do MFQ, além de investigar as propriedades psicométricas da MFQ-C em uma amostra de adolescentes brasileiros. Métodos: Essa dissertação é composta por dois artigos. O primeiro descreve os processos de tradução e adaptação transcultural com uma rigorosa metodologia proposta pela International Society for Pharmacoeconomics and Outcomes Research (ISPOR). O segundo artigo descreve a investigação das propriedades psicométricas do instrumento em uma amostra comunitária de 1.015 alunos de escolas públicas. Investigou-se as evidências de confiabilidade, de validade de construto mediante análise fatorial confirmatória e investigação da invariância da medida entre meninas e meninos. Resultados: O processo de tradução e adaptação transcultural originou uma versão que é consistente e parece ser compreensível na população brasileira. As análises confirmatórias apresentaram índices de ajuste mais aceitáveis para o modelo de quatro fatores, mesmo em comparação com modelos bifatoriais. Contudo, evidências para o modelo unidimensional e para os modelos bifatoriais foram consideradas admissíveis. Além disso, não se encontrou evidência de que meninas e meninos responderam o MFQ-C de modo diferente. Discussão: Os resultados corroboram a importância de seguir um método rigoroso para os processos de tradução, adaptação transcultural e investigação das propriedades psicométricas. O MFQ, além de mostrar-se compreensível, apresentou propriedades psicométricas satisfatórias para avaliação de sintomas de TDM em adolescentes. Não obstante, a invariância entre os gêneros é um achado importante na avaliação da discrepância na prevalência de TDM nessa faixa etária.