Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Lima, Christini Roman de |
Orientador(a): |
Zilberman, Regina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/180934
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Resumo: |
Esta tese discute como Brasil e Portugal abordam em suas representações literárias o imaginário que envolve a Segunda Guerra Mundial. O estudo volta-se ao aspecto do combatente brasileiro em solo italiano, “o pracinha”, e à perspectiva do refugiado, vítima das perseguições antissemitas, que buscou asilo em terras lusitanas. Para tanto, procede-se ao exame das obras de Boris Schnaiderman, Guerra em surdina, e de Roberto de Mello e Souza, Mina R, no âmbito brasileiro. As narrativas analisadas no panorama português são “Nasci com passaporte de turista” e O cavalo espantado, de Alves Redol, “O mundo perdido”, de Joaquim Paço d’Arcos, e Sob céus estranhos, de Ilse Losa. De um lado, vislumbra-se a guerra em funcionamento, apontada nos romances brasileiros através da experiência coletiva e da experiência individual dos soldados (agentes e vítimas do aparato da guerra). De outro lado, aponta-se as consequências da guerra por meio dos desterrados que chegaram a Portugal e assumiram a voz narrativa para relatar suas trajetórias, o que se compreende como “a escrita do refugiado”.Os efeitos da guerra também são apresentados através do relato feito pela alteridade, destacado aqui como “o refugiado na escrita”. O aporte teórico conta, entre outras referências, com o artigo de Fredric Jameson, War and representation (2009), como suporte para a análise das representações bélicas nas duas literaturas. A partir disso, os retratos da guerra, apreendidos por meio do corpus selecionado nessa tese, exibem irascibilidade, desumanização e descaso como características desse “tempo sombrio” (ARENDT, 1991), além de abordarem o desalento próprio àqueles que passaram por vivências aterradoras, sejam eles os combatentes – como no caso brasileiro –, sejam os fugitivos das perseguições antissemitas – como no português. |