Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Franco, Rodrigo Fontanive |
Orientador(a): |
Manfro, Roberto Ceratti |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276524
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Resumo: |
Base Teórica: A biopsia renal protocolar (BRP) é utilizada para detecção de alterações histopatológicas subclínicas do enxerto renal. Atualmente, com o avanço nas terapias imunossupressoras, a utilidade das BRP é questionada. Objetivos: Avaliar se a realização de biópsias renais protocolares, no 3º mês pós-transplante, em pacientes considerados como de alto risco imunológico para perda do enxerto, levam a condutas que possam proporcionar melhora na função e na sobrevida dos rins transplantados neste grupo de pacientes. Métodos: Estudo longitudinal, prospectivo e controlado, executado na Unidade de Transplante Renal do Serviço de Nefrologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, tendo o suporte do Serviço de Imunologia e do Serviço de Patologia do mesmo hospital. Foram realizadas biópsias protocolares na 12ª semana pós-transplante em pacientes de alto risco imunológico submetidos a transplante renal. Nos fragmentos de biópsia foram avaliados aspectos de agressão tecidual imunológica (rejeições celular e mediada por anticorpos). A amostra foi constituída por 105 pacientes considerados como de alto risco imunológico, definido pela presença de pelo menos um dos seguintes critérios: (a) prova cruzada por Citometria de Fluxo (CF) positiva para linfócitos T e/ou B pré-transplante, (b) reatividade calculada contra painel (cPRA) superior a 50% para antígenos de classe I e/ou II do HLA humano ou (c) presença de anticorpos contra antígenos HLA do doador no soro pré-transplante do receptor. Os pacientes foram divididos em 2 grupos, sendo um grupo submetido à biópsia e avaliação não invasiva e outro à avaliação não invasiva. Foram realizadas análises descritivas com cálculo da média e desvio padrão para variáveis quantitativas paramétricas, mediana e intervalo interquartílico para variáveis não paramétricas, e frequência/percentual para variáveis categóricas. Os dados longitudinais foram acompanhados até a perda do enxerto, óbito ou até 2 anos de seguimento. Empregamos a análise GEE (Generalized Estimating Equation) para comparar marcadores clínicos nos períodos de 6, 12, 18 e 24 meses entre os grupos. Foram realizadas análises referentes aos dados do receptor, do doador e do transplante. Foi utilizado o teste do Qui-quadrado ou exato de Fisher para variáveis categóricas cruzadas, bem 9 como testes não paramétricos de Mann-Whitney ou o teste de Kruskall-Wallis, conforme apropriado. Correlação de Spearman, foi utilizada para avaliação conjunta de variáveis quantitativas. O nível adotado para a significância estatística foi p < 0,05. Resultados: Incluídos 53 pacientes no grupo biópsia e 52 no grupo controle. A demografia dos receptores, dos doadores e dados do transplante não apresentaram diferenças significativas entre os grupos, exceto pela maior compatibilidade em locus DR no grupo controle. Quatorze biópsias (26,4%) apresentaram resultados alterados, entre eles, 9,4% apresentaram IFTA superior a 20%, 7,5% capilarite peritubular com C4d negativo, 5,7% esclerose glomerular e 3,8% nefropatia por Poliomavírus. Os resultados das biopsias não levaram a intervenções terapêuticas. Não houve diferença significativa entre os grupos quanto à sobrevida de enxertos e pacientes, na taxa de filtração glomerular ou na relação proteína/creatinina na urina no tempo de seguimento do estudo. Conclusão: Concluímos que a realização de biópsias protocolares com os critérios utilizados no presente estudo para a definição de alto risco imunológico é útil na detecção precoce de alterações histológicas do enxerto mas de utilidade limitada em propiciar terapias que possam impactar positivamente a sobrevida do enxerto em médio e longo prazos. |