Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Castro Filho, João Batista Saldanha de |
Orientador(a): |
Manfro, Roberto Ceratti |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/207464
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Resumo: |
Base teórica. As diretrizes assistenciais recomendam biópsias de vigilância na DGF, no entanto, tais diretrizes são de uma época em que a efetividade dos regimes imunossupressores, em prevenir rejeição aguda, era consideravelmente menor. A elevada incidência de disfunção inicial do enxerto (DGF) observada no Brasil determina que biópsias de vigilância sejam realizadas com considerável frequência em pacientes transplantados renais. Objetivo. O objetivo do estudo é avaliar a utilidade presente dessas biópsias e as características clínico-laboratoriais associadas aos desfechos do enxerto renal. Métodos. Coorte retrospectiva de pacientes transplantados renais com órgãos de doadores falecidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre Janeiro de 2006 e Julho de 2019 com DGF submetidos à biópsia de vigilância. Resultados. Realizadas 356 biópsias, maioria dos pacientes masculinos (61,2%), caucasóides (74,9%), sendo 51,7% sem sensibilização HLA. O tempo de isquemia fria foi 25,6±5,6 horas. Em 89,1% dos casos houve indução da imunossupressão com anticorpos. Em média as biópsias foram realizadas no dia 14,7±8,2 de pós-operatório. Na análise histológica foram identificadas 6 (1,7%) biópsias normais, 142 (39,9%) biópsias com necrose tubular aguda isolada, 90 (25,3%) alterações borderline, 87 (24,4%) casos de rejeição aguda celular, 5 (1,4%) rejeiões agudas mediadas por anticorpos, 23 (6,5%) necroses de coagulação, 1 (0,3%) microangiopatia trombótica e 2 (0,6%) pielonefrites. Não houve correlação entre idade do doador, raça, sensibilização e doador limítrofe com rejeição aguda. Em análise multivariada foram significativas as correlações da rejeição aguda com o tempo de DGF, idade do receptor e tipo da terapia de indução. Conclusão. A elevada incidência de rejeição aguda nesse grupo de pacientes, mesmo sob terapia imunossupressora contemporânea, faz com que as biópsias de vigilância permaneçam um recurso diagnóstico essencial em pacientes transplantados renais com órgãos de doador falecido que apresentem DGF. |