Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Diaz, Bianca Giovanna Menna Ruiz |
Orientador(a): |
Pires, Fabiana Schneider |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/202562
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Resumo: |
A organização de serviços de saúde em redes de atenção foi assumida pelo sistema de saúde brasileiro enquanto estratégia político-organizacional na busca de garantir a integralidade do cuidado à saúde. O presente estudo teve por objetivo compreender os efeitos da integração ensino-saúde no desenvolvimento da rede de saúde bucal em quatro gerências distritais da região central e sul do município de Porto Alegre. Foi realizado um estudo de caso com intervenção participante e, a partir da produção de dados, procedeu-se à análise qualitativa, com base nos fundamentos da Análise do Discurso, para compreender o significado das práticas e como se dá a produção cotidiana de subjetividades: das práticas em saúde inscritas nas características das redes dos territórios, dos processos de trabalho das equipes de saúde bucal e dos problemas a serem identificados e objetivados como passíveis de intervenção na perspectiva da educação permanente em saúde. Foram abordadas as experiências e interfaces no mundo do trabalho entre estudantes e docentes dos cursos de Odontologia e os trabalhadores e gestores da rede de atenção. A produção de dados foi realizada através do diário de campo (DC) e de grupos focais (GF) - de modo a abordar discussões, confrontos e discordâncias entre os participantes, promover trocas e ampliar a interação social. A análise dos resultados possibilitou vislumbrar uma dupla articulação: ao passo que seus atores atravessavam os diferentes domínios, promoviam a problematização das práticas de cuidado e movimentos de aproximação entre as pessoas, em um território que é geográfico na organização das redes, mas é singularmente afetivo. Os pontos de encontro de maior visibilidade desta dobradiça foram as reuniões de saúde bucal (de colegiado, distritais e de educação permanente), que operaram como catalisadoras do trabalho vivo, criando espaços-tempo tanto para a formação de estudantes, como de reorganização do processo de trabalho das equipes. A partir desta dupla função, os espaços de encontro produzem novos sujeitos do e no trabalho, sejam eles futuros profissionais, gestores ou trabalhadores do serviço. São os movimentos em saúde, abarcando os modos de ser e fazer de seus atores, que tornam vivas as redes de cuidado diferentes em cada território, singulares para cada sujeito nesta produção. Assim, a integração ensino-saúde é produtora e produto de si, pois articula processos e nisso se (re)constrói. |