Caracterização morfoanatômica e histoquímica de sementes de Butia odorata (Barb. Rodr.) Noblick durante a superação da dormência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Baratto, Bruna
Orientador(a): Fior, Claudimar Sidnei
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/183659
Resumo: O gênero Butia compreende 20 espécies distribuídas, em sua maioria, no sul da América do Sul. Butia odorata (Barb. Rodr.) Noblick é uma palmeira endêmica do bioma Pampa, com alto potencial alimentício e ornamental. Seu diásporo é composto por um pirênio que abriga de uma a três sementes, as quais apresentam germinação irregular e lenta, resultado de dormência. Sabe-se que há relação dessa dormência com o opérculo da semente, e qual sua composição química também é citada como agravante. Através da remoção desta estrutura tem-se alta porcentagem germinativa, em curto período. A relação entre o opérculo e a influência da temperatura no período da germinação ainda é desconhecida para B. odorata, uma vez que a descrição morfoanatômica da espécie é incipiente e sua histoquímica é inexplorada. Este trabalho objetivou caracterizar a morfologia da estrutura de dispersão e descrever aspectos anatômicos e histoquímicos das sementes de B. odorata quando submetidas a tratamento para a superação da dormência. Diásporos de populações naturais foram semeados em caixas gerbox, sobre areia média lavada, esterilizada e umedecida. O material foi disposto em câmara de germinação sem iluminação interna por 20 dias sob temperatura de 40 ºC, seguido de 20 dias a 30 ºC. Após isoladas dos endocarpos, as sementes foram desbastadas e fixadas. Através de amostragens a cada cinco dias, foram caracterizados modificações anatômicas e a mobilização de reservas na semente. As sementes apresentam um envoltório (testa) com presença de estrias e no opérculo há presença de compostos fenólicos e ausência de lignina. O endosperma é homogêneo, branco e brilhante, com as células da região micropilar apresentando paredes espessas em relação ao restante do endosperma, sendo essas metabolizadas ao longo das amostragens. O embrião é pequeno, basal e apresenta a plúmula já diferenciada na primeira amostragem. Ao longo das amostragens e durante a manutenção dos pirênios sob temperatura de 40 ºC foi percebida a formação de uma zona de fragilidade no endosperma micropilar, o que, ao que tudo indica, está relacionado com a germinação. As reservas encontradas, as quais estavam presentes no endosperma e no embrião das sementes, foram: amido, polissacarídeos totais, lipídios totais, proteínas totais e compostos fenólicos na região opercular. A mobilização das reservas ocorreu antes mesmo do opérculo ser rompido.