A identidade nacional brasileira na obra de Graça Aranha (1921-1931)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Graeff, Débora Priscila
Orientador(a): Kerber, Alessander Mario
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/172955
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar a construção da identidade nacional a partir da obra de Graça Aranha no período de 1921 a 1931. No ano de 1921, Aranha se estabeleceu no Brasil depois de realizar alguns trabalhos na Europa, participando dos debates no âmbito artístico e literário nacional. Nesse período publicou livros, conferências, ensaios e artigos defendendo sua visão do que constituiria a identidade nacional. Para delimitar essas características, o autor propõe inserir o Brasil na modernidade. Aranha elaborou uma definição para o significado de moderno, estudado nesta pesquisa em relação às ideias divulgadas a partir de 1870 e a delimitação entre o antigo e o moderno. A nacionalidade era buscada para definir a singularidade do Brasil e, a partir dessa, poder inserir-se em uma ordem universal. Assim, na década de 1920, formou-se um debate sobre o que significava ser moderno. Alguns pensadores propunham diferentes noções de modernidade, ocorrendo uma disputa também em torno desse termo. As fontes principais desta pesquisa são os textos escritos por Aranha, mais especificamente o conjunto de ensaios A Estética da Vida (1921), um estudo das correspondências entre Machado de Assis e Joaquim Nabuco (1923), o conjunto de conferências e ensaios Espírito Moderno (1924) e a autobiografia Meu próprio romance (1931). Entendendo que a identidade nacional não é uma essência, mas um discurso através do qual se representa essa nação, discurso que inclui, exclui e estabelece práticas sociais, será utilizado o conceito de representação1 como abordado por Chartier (1990) e Bourdieu (1989). As disputas que surgem em torno dessas delimitações serão trabalhadas a partir do viés das lutas de representações.