Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Ruocco, Andrea Ramon |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152518
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Resumo: |
O autor José Pereira da Graça Aranha, maranhense nascido em 1868, formado em Direito pela Escola do Recife e falecido em 1931, teve seu primeiro livro – o romance Chanaan – publicado em 1902; exerceu funções diplomáticas na Europa; foi membro da Academia Brasileira de Letras rompendo posteriormente com a mesma; participou da Semana de Arte Moderna discursando em sua abertura; e publicou obras distintas em gêneros e estilos. É, entretanto, um personagem pouco estudado pela historiografia literária. Além de caminhar no sentido de sanar esta lacuna, esta pesquisa não poderia ter encontrado um material mais oportuno e rico naquilo que se propõe: discutir as diversas formulações de nação que percorreram o território brasileiro no início do século XX, marcado pela ainda recente República e sob as discussões da Primeira Grande Guerra. Nestas obras, onde adere e/ou cria opções estéticas específicas para determinados discursos, três formulações se pronunciam de antemão: germanismo, latinidade e nacionalismo. Porém, entre posicionamentos aparentemente díspares, encontramos permanências, como a admiração de Aranha pela literatura alemã, pelas ideias nietzschianas e a preocupação com o universalismo. Para tanto, esta pesquisa discute alguns conceitos e perspectivas teóricas a propósito da produção cultural na qual Graça Aranha se insere, questionando a noção de “pré-modernismo” e a recente adoção de “literatura da Belle Époque”, e experimentando exercícios como o de José Paulo Paes ao reconhecer uma art nouveau na literatura. Acerca destas questões, a pesquisa perpassa outras duas importantíssimas: a exploração da literatura pela História e o trabalho com um personagem/autor que, como a temática da nação, nos leva a discussões acerca de narrativas e, por conseguinte, de linguagens. Inspirado na premissa de Mikhail Bakhtin na qual forma e conteúdo são indissociáveis na composição do discurso e a noção de trajetória adotada por Pierre Bourdieu, o presente trabalho se debruça sobre “a nação” como um construto não uníssono, modificado ao longo do tempo, mas também plural em discursos coexistentes, por vezes intercruzando formulações antagônicas, por vezes consonantes, e identificando Aranha como não sendo uma exceção. |