Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Carolina Uribe |
Orientador(a): |
Giugliani, Roberto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/96875
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Resumo: |
A insuficiência hepática aguda é resultante da perda das funções vitais do fígado em consequência da disfunção maciça do tecido hepático. Em muitos casos, o transplante de fígado é o tratamento definitivo, apesar da capacidade regenerativa do fígado. Os mecanismos da regeneração envolvem intricadas vias de regulação, com ativação de fatores de crescimento e citocinas. A terapia celular com células tronco da medula óssea tem sido proposta como alternativa terapêutica, mas seu emprego permanece no campo experimental. O presente estudo teve por objetivo investigar os efeitos parácrinos da terapia com células em microcápsulas semipermeáveis, em modelos de insuficiência hepática aguda. Em uma primeira etapa animais submetidos a hepatectomia parcial de 90% foram transplantados com células da medula óssea (CMO) encapsuladas ou cápsulas vazias. Os resultados demonstraram um aumento na sobrevida em 10 dias nos animais tratados com CMO encapsuladas. Estudos em tempos iniciais da regeneração (em até 72 horas) demonstraram que as CMO reduziram a expressão de genes que favorecem a regeneração hepática e aumentaram a expressão de reguladores negativos da regeneração. Como consequência, houve uma diminuição da taxa de regeneração nos animais tratados. Este efeito ocorreu através de mecanismos parácrinos. Na segunda etapa avaliamos a capacidade de diferenciação das células da fração mononuclear da medula óssea (CFMMO) encapsuladas in vivo e in vitro. Animais submetidos a uma lesão por Tetracloreto de Carbono (CCl4) foram transplantados com CFMMO encapsuladas. Animais sem lesão hepática foram utilizados como controle. Observou-se que, 48 horas após o transplante as CFMMO passaram a expressar genes característicos de hepatócitos. A fim de estudar melhor os mecanismos envolvidos nesta diferenciação, utilizamos CFMM encapsuladas em um modelo in vitro que replicasse as características do modelo in vivo. Assim empregamos um sistema de co-cultivo, onde as CFMMO encapsuladas eram mantidas em contato com o meio de hepatócitos com ou sem lesão por CCl4. Nossos resultados demonstraram que em apenas 6 horas de co-cultivo in vitro as CFMMO encapsuladas expressaram marcadores hepáticos. Estes resultados sugerem a ocorrência de diferenciação das CFMMO em tempos muito precoces por mecanismos parácrinos. Em conjunto, os resultados apresentados nos permitem concluir que a microencapsulação celular se mostrou uma ferramenta adequada para avaliar os processos que ocorrem na lesão hepática aguda de maneira bidirecional. Sendo assim, pudemos observar o efeito que as células da medula óssea (total ou fração mononuclear) exercem sobre o tecido hepático lesado, bem como o efeito que substâncias secretadas por este tecido têm sobre essas células. |