Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Manuela Nogueira de |
Orientador(a): |
Lewgoy, Alzira Maria Baptista |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276647
|
Resumo: |
A presente pesquisa tem como objeto de estudo o Estágio em Serviço Social em tempos de pandemia de Covid-19, tendo em vista a autorização da realização do Ensino Remoto Emergencial - ERE pelo Ministério da Educação. Objetiva conhecer as orientações publicizadas sobre o estágio supervisionado em Serviço Social pelas entidades representativas profissionais e acadêmica em virtude da pandemia de Covid-19. O estudo se caracteriza como qualitativo, exploratório e documental. Teve como amostra os documentos disponibilizados pelos sites das entidades representativas da categoria: Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social - ABEPSS, Conselho Federal de Serviço Social - CFESS, Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social - ENESSO e Conselhos Regionais de Serviço Social – CRESS, no período de março de 2020 a março de 2021, que continham orientações a respeito do Estágio Supervisionado em Serviço Social na atual conjuntura. Os documentos coletados foram armazenados em banco de dados, totalizando 20 analisados. A análise documental foi realizada a partir da técnica de Análise de Conteúdo na perspectiva de Bardin. Os resultados demonstram que as entidades representativa são espaços que estabelecem debates com a categoria profissional na orientação dos instrumentos que possibilitem a problematização da lógica curricular expressa por uma concepção de ensino e aprendizagem calcada na dinâmica da vida social, o que estabelece os parâmetros para a inserção profissional e acadêmica na realidade sócio-institucional. Os conteúdos reforçam o arcabouço histórico da categoria na defesa da formação de qualidade e crítica, através da defesa de um ensino presencial, demonstrando preocupação com a implementação do ERE nas atividades acadêmicas, tendo em vista o projeto neoliberal de mercantilização do ensino superior que já está em curso no Brasil, além do aprofundamento das desigualdade já existentes entre os estudantes brasileiros. Sobre o estágio reafirmam a concepção de supervisão direta, presencial, que envolve a articulação sistemática entre os profissionais supervisor de campo e o acadêmico e de ambos com o estagiário. Afirmam a necessidade da manutenção das bolsas de estágio aos estudantes como forma de enfrentamento a pandemia, já que muitos dependem financeiramente de tal rendimento. Conclui-se a necessidade de aprofundamento do debate sobre a implementação do ERE no ensino superior brasileiro, seus rebatimentos na formação em Serviço Social e no estágio supervisionado, considerando os processos pedagógicos que envolvem a concretude do estágio e da supervisão. Ou seja, ambos precisam estar em consonância como os princípios ético-políticos e as dimensões do processo formativo, que abrange o estagiário no estabelecimento de relações mediatas entre os conhecimentos teórico-metodológicos e o trabalho profissional, a capacitação técnico-operativa e o desenvolvimento de competências indispensáveis ao exercício da profissão. E por fim, o estudo nos aponta articulação dos segmentos profissional e estudantil neste contexto tão adverso, que anterior a pandemia já se materializava como um patrimônio político, historicamente conquistado na profissão resistindo e contribuindo para a sustentação da direção social do projeto político profissional. |