Inflamação hipocampal leva a alterações no sono REM em um modelo de neurodegeneração induzida por LPS sistêmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Brum, Pedro Ozorio
Orientador(a): Gelain, Daniel Pens
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
LPS
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/220463
Resumo: Uma injeção intraperitoneal de LPS induz uma resposta inflamatória aguda, que eventualmente leva a uma inflamação crônica no cérebro de ratos Wistar. A longo prazo, este estado neuroinflamatório leva a progressiva neurodegeneração no eixo dopaminérgico, deficiência cognitiva e degeneração hipocampal acompanhada por mudanças na vascularização e metabolismo. Nós investigamos se um estímulo inflamatório sistêmico agudo seria capaz de induzir neuroinflamação e neurodegeneração hipocampal e alterações em parâmetros do sono. Ratos Wistar com 50 dias de idade foram tratados com LPS (2mg/kg i.p.) ou salina, 3 ou 5 meses após a injeção foram ou eutanasiados ou submetidos a registros de vídeo-EEG durante o sono. Expressão elevada de citocinas pró-inflamatórias (TNFa e IL1b) e RAGE, somado a níveis elevados do marcador microglial Iba1, da proteína RAGE e atividade de NF-kB, indicam um estado neuroinflamatório 3 meses após o tratamento. Em 5 meses, parâmetros neuro-inflamatórios retornaram aos níveis de controle. Animais tratados demonstraram sinais de neurodegeneração e alterações sinápticas caracterizados por níveis reduzidos de NeuN, NEFL e Sinaptofisina 5 meses após a exposição ao LPS. Apesar de não haver nenhuma diferença entre a percentagem de épocas de sono REM, NREM e vigília, foi possível observar uma redução na duração dos episódios de sono REM. Os picos de Theta e Delta se mantiveram inalterados nas fases de sono REM e NREM, respectivamente, enquanto o poder de Theta durante o sono REM reduziu significativamente 3 meses após o tratamento. Estes resultados indicam que o LPS induz uma neuroinflamação hipocampal crônica capaz de levar a alterações na qualidade do sono REM e neurodegeneração.