A study of fools : Lear's fool in Shakespeare's King Lear and Vladimir and Estragon in Beckett's Waiting for Godot

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Jesus, Leila Vieira de
Orientador(a): Garcia, Rosalia Angelita Neumann
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/54076
Resumo: O foco dessa dissertação é analisar o papel, as características, e a presença dos bobos ao longo da história, focando em sua constante aparição no teatro. Os personagens principais da minha análise serão o Bobo, na peça Rei Lear de William Shakespeare, e Vladimir e Estragon, na peça Esperando Godot de Samuel Beckett. Na análise desses personagens, discuto semelhanças entre os autores, que já foram notadas por críticos como Martin Esslin, Jan Kott, e Northrop Frye, e mostro como os personagens de Beckett são similares aos bobos de Shakespeare. Bobos, no teatro, frequentemente agem como mediadores entre o palco e a plateia, guiando os espectadores e falando verdades. O Bobo de Lear diz verdades criticando seu mestre e o lembrando das decisões erradas que ele tomou; os personagens em Esperando Godot dizem verdades sobre a falta de sentido de nossas vidas e, mais importante, nos mostram essa falta de sentido no decorrer da peça. Em relação à linguagem, o uso dela pelos bobos é diferente do uso dos outros personagens porque eles a manipulam para criar desentendimentos e jogos de palavras. No teatro de Shakespeare, a principal razão para esse uso peculiar da linguagem é que os bobos querem mostrar sua sagacidade; no teatro de Beckett, eles usam uma linguagem sem sentido para mostrar que ela está quebrada e que tentativas de comunicação são inúteis. Através das ações e diálogos dos bobos de Beckett em Esperando Godot, podemos ver que a vida é absurda e que vivemos em um mundo cheio de incertezas. Apesar de personagens bobos geralmente serem vistos como superficiais e insignificantes, especialmente nas peças de Shakespeare, eles são extremamente importantes no teatro e têm uma maneira única de interagir com os outros personagens e com o público.