Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Brauner, Cristiano Osorio |
Orientador(a): |
Joveleviths, Dvora |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/197821
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Resumo: |
Introdução: A Síndrome Metabólica ocasiona alterações significativas no metabolismo, sendo a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) a manifestação hepática mais frequente e o estresse oxidativo um dos principai hits envolvidos na evolução da doença. Produtos químicos como solventes orgânicos, que são conhecidos fatores causais de DHGNA (TASH/Toxicant Associated Steatohepatitis), podem estar envolvidos na etiopatogenia da doença. Objetivos: Avaliar a associação de exposição química a solventes com síndrome metabólica e estresse oxidativo. População e Métodos: Estudo transversal composto por 70 trabalhadores, todos do sexo masculino, sendo 30 expostos a risco químico cupacional e 40 sem evidência de exposição. O primeiro grupo foi selecionado entre trabalhadores expostos de maneira frequente a solventes orgânicos em empresas de grande porte de Porto Alegre/RS e região metropolitana durante a jornada de trabalho. O segundo grupo foi selecionado entre trabalhadores da área administrativa de diferentes empresas, sem exposição a risco químico ocupacional. Foram excluídos da amostra etilistas, drogaditos, tabagistas, usuários de medicações hepatotóxicas, portadores de hepatite B e C ou doença hepática conhecida, portadores de hemocromatose, mulheres, menores de 18 anos, maiores de 65 anos e pacientes com IMC (índice de massa corporal) >30. Foram realizados anamnese, exame físico e exames laboratoriais em todos os pacientes. Diagnóstico de Síndrome Metabólica foi realizado conforme os critérios do NCEP-ATPIII. Lipoperoxidação foi avaliada através de análise das substâncias que reagem com o ácido tiobarbitúrico (TBARS). Foi avaliada a atividade da enzima antioxidante superóxido dismutase (SOD) e a atividade da enzima glutationa S-transferase (GST). Dados quantitativos foram descritos por mediana e amplitude interquartil (percentil 25-75). Dados categóricos apresentados por contagens e percentuais. As comparações de dados quantitativos foram realizadas pelo teste U de Mann-Whitney e das categóricas pelo teste do qui-quadrado da razão de verossimilhança. Elastografia transitória hepática foi realizada para avaliação de fibrose hepática, através de sonda M, utilizando o valor da mediana de aquisições de sucesso. Resultados: grupo exposto apresentou maiores níveis de ALT (alanina aminotransferase) do que o não exposto (33,3% x 10,5%), assim como TBARS-1,73 (1,41-1,88) x 0,22 (0,13-1,12) nmol/mg prot., SOD-7,29 (4,30-8,91) x 3,48 (2,98-5,28) USOD/mg de prot. e GST-2,57(1,80-4,78)x 1,81(1,45-2,30) μM/min/mg de prot. Síndrome metabólica foi mais frequente no grupo exposto (10,0%x 5,0%), mas não atingiu significância estatística (p:0,424). HDL<40 mg/dl foi encontrado em 26,7% x 7,5% (p:0,029). Conclusão: Não houve correlação de síndrome metabólica com risco químico, mas houve níveis menores de HDL e evidência de hepatotoxicidade significativa no grupo exposto a solventes, indicando provável risco químico ambiental. |